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O dólar fechou em alta de 0,85%, cotado a R$ 5,53, nesta terça-feira (8). A moeda americana foi impulsionada pela queda das commodities e pela decepção do mercado com o novo pacote de estímulos econômicos da China.
A baixa nas commodities foi generalizada, afetando diretamente o real, que teve o segundo pior desempenho entre as moedas de países emergentes e exportadores de matérias-primas, perdendo apenas para o rand sul-africano.
Queda do minério de ferro e petróleo
O minério de ferro, importante commodity para a economia brasileira, recuou 2,37% na Bolsa de Dalian, sendo cotado a US$ 111,62 por tonelada, e 5,06% em Cingapura, fechando a US$ 105,15. O mercado havia criado expectativas para um grande pacote de estímulos econômicos por parte do governo chinês, que não se concretizou.
O chefe da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (NDRC) da China, Zheng Shanjie, anunciou apenas a antecipação de 100 bilhões de yuans (US$ 14,1 bilhões) do orçamento de 2024, frustrando os investidores que aguardavam medidas mais robustas.
Já o petróleo, que vinha de uma sequência de altas, também recuou com a notícia de que o Hezbollah estaria buscando um cessar-fogo no conflito no Oriente Médio. Além disso, o aumento da produção de petróleo na Líbia, após a suspensão de atividades, contribuiu para a queda dos preços. O WTI para novembro caiu 4,63%, fechando a US$ 73,57 o barril, e o Brent para dezembro recuou 4,63%, sendo cotado a US$ 77,18.
Impactos nos juros e fluxo para os EUA
Outro fator que ajudou na valorização do dólar foi a elevação das taxas de juros nos Estados Unidos, resultado de dados positivos do mercado de trabalho, que levaram a um maior fluxo de capital para o mercado de renda fixa americano.
Sabatina de Galípolo sem impacto
No cenário doméstico, a atenção se voltou para a sabatina de Gabriel Galípolo, atual diretor de política monetária do Banco Central, que foi aprovado no Senado para assumir a presidência da instituição em 2025.
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