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O dólar fechou em leve alta nesta quarta-feira (16), avançando 0,14%, cotado a R$ 5,66. A alta foi influenciada por um cenário externo adverso, com expectativas de alta sobre os juros nos Estados Unidos e um clima de incerteza política, que inclui a possibilidade de retorno de Donald Trump à presidência americana.
O mercado também se mostrou preocupado com a falta de medidas concretas do governo brasileiro para lidar com a situação fiscal, apesar de declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmando o compromisso com o arcabouço fiscal. Embora essas falas tenham trazido um alívio momentâneo, não foram suficientes para manter a pressão sobre o dólar.
Pressões externas impactam o real
A alta do dólar também foi impulsionada pela reavaliação das expectativas sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. O Federal Reserve (Fed) tem indicado que pode reduzir o ritmo de cortes na taxa de juros, o que diminui a atratividade de moedas emergentes, como o real.
O DXY, índice que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, também subiu 0,29%, atingindo 103,561 pontos, o maior nível desde agosto.
O peso mexicano, por exemplo, registrou a pior performance entre as moedas emergentes, com uma queda de 0,99% ante o dólar, acumulando desvalorização de 17% no ano.
Expectativa sobre medidas fiscais no Brasil
Internamente, o mercado continua à espera de medidas concretas por parte do governo brasileiro. Mesmo após as declarações de Haddad, especialistas apontam que há falta de clareza sobre o cumprimento das metas fiscais.
Em entrevista ao Broadcast, Matheus Massote, da One Investimentos, disse que a fala do ministro trouxe algum alívio, mas “o mercado ainda não tem segurança total porque ainda não foram anunciadas medidas concretas”.
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