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O dólar encerrou esta segunda-feira em alta, registrando uma valorização de 0,56%, cotado a R$ 5,48 no mercado à vista. A demanda por proteção cambial aumentou durante a tarde, impulsionada pela escalada do conflito no Oriente Médio, além das preocupações fiscais internas.
Impacto das tensões no Oriente Médio
A intensificação do conflito na região do Oriente Médio gerou um ambiente de maior aversão ao risco entre os investidores, levando a uma busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar. Em momentos de maior incerteza global, é comum que o dólar se valorize frente a moedas de economias emergentes, como o real.
Mesmo com a valorização do petróleo — que teve alta de 3% nos contratos futuros — e o Brent sendo negociado a US$ 80 por barril, o real não conseguiu sustentar a valorização que apresentou na parte da manhã, quando o dólar chegou a cair para R$ 5,42, devido à liquidez limitada do mercado.
Incertezas fiscais e juros nos EUA pesam no câmbio
No cenário doméstico, as incertezas em torno do quadro fiscal brasileiro continuam a pressionar o real. Em entrevista ao Broadcast, Hideaki Iha, operador da Fair Corretora, disse que o mercado ainda questiona a sustentabilidade das contas públicas, mesmo após a agência de classificação de risco Moody’s ter elevado o rating do Brasil na semana anterior. A principal crítica, segundo Iha, está na percepção de que a melhora fiscal pode não ser permanente.
Outro fator que influencia o câmbio é a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos possa pausar os cortes de juros em novembro, após a divulgação de um payroll — indicador de empregos americanos — acima do esperado. Isso aumenta a atratividade dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries), pressionando ainda mais o real e outras moedas de mercados emergentes.
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