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O dólar fechou em alta de 1,90% nesta quinta-feira (18), atingindo R$ 5,55. Esta é a maior cotação de fechamento desde o dia 2 deste mês. A moeda americana se fortaleceu devido a um ambiente de aversão ao risco global, impulsionado pela queda das bolsas em Nova York e pela busca por segurança nos ativos americanos.
Influências internas
Além do cenário externo desfavorável, a expectativa pelo anúncio de um bloqueio no orçamento brasileiro, previsto para o dia 22, também contribuiu para a desvalorização do real. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Simone Tebet (Planejamento) e Rui Costa (Casa Civil) para discutir o tema. Este encontro pode determinar o vencedor da disputa entre a ala política e a equipe econômica do governo, que defende o novo arcabouço fiscal.
Comparação com outras moedas
Mesmo com as incertezas fiscais locais, o real teve desempenho semelhante ao do peso mexicano. O peso chileno, por outro lado, sofreu mais devido à queda nos preços do cobre e à frustração com a ausência de medidas de estímulo econômico na China.
O índice DXY, que mede o comportamento do dólar frente a seis moedas fortes, operou em alta firme, alcançando 104,200 pontos.
Impacto político e econômico
Rumores de que Joe Biden, presidente dos EUA e candidato à reeleição, poderia deixar a corrida presidencial aumentaram a incerteza. Biden está se recuperando da Covid-19.
Expectativas do mercado
Projeções do mercado apontam para um congelamento de R$ 12 bilhões no orçamento federal, com estimativas variando entre R$ 10 bilhões e R$ 25 bilhões. A mediana das expectativas para um bloqueio que permita o cumprimento do novo arcabouço fiscal é de R$ 26,4 bilhões.
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