Ele ainda criou uma “comunidade” nas redes sociais para permitir que “eleitores” denunciem o que possam considerar como “fraude”. Neste sábado (2), ele ainda postou mensagens apontando que o “jornalismo cidadão” era superior às empresas de jornalismo.
Para Rita Katz, que comanda a empresa SITE Intelligence Group, o risco de violência hoje é maior que em 2020. Naquele momento, ela alertou sobre a possibilidade de ataques em Washington, o que acabou se concretizando em 6 de janeiro.
Agora, numa entrevista ao site Politico, ela alerta que a ameaça é “muito maior”. “Trump agora tem mais plataformas de mídia social e outras partes do Vale do Silício ao seu lado. Essas são as pessoas que administram as ferramentas de engenharia social mais profundas que a humanidade já viu — além dos principais meios de comunicação tradicionais”, disse.
Segundo ela, parte do eleitorado de Trump “realmente acha que a eleição foi roubada e que você pode culpá-los porque eles não protegeram a eleição”. “Por isso, estão pedindo muito mais violência. Eles acham que tudo é feito pelos democratas, seu inimigo. E eles não têm motivos para acreditar que essa eleição seja verdadeira e, portanto, estamos vendo mais apelos à violência”, alertou.
“Desta vez, vemos um ecossistema de mídia social muito diferente. Veja o Twitter: agora é administrado por Elon Musk, que o transformou em um refúgio seguro para a comunidade de extrema direita”, disse.
“Estou muito, muito apavorada com o que pode acontecer quando o vencedor for anunciado. Se Harris vencer, dezenas de milhões de americanos se recusarão a aceitar o resultado. E alguma porcentagem dessas pessoas estará disposta a agir, a praticar violência em apoio à sua crença, especialmente se Donald Trump der o sinal. E na eleição de 2020, Trump deu o sinal. E não vejo nenhuma razão para que ele não dê o sinal desta vez”, completou.
Publicitário e Jornalista.