Carteira de Crédito deve crescer 10,5% em 2024, projeta Febraban

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

A carteira de crédito no Brasil deve crescer 10,5% em 2024, de acordo com a Pesquisa de Economia Bancária e Expectativas divulgada pela Febraban. Essa projeção, praticamente estável em relação à estimativa anterior (10,6%), reflete um ambiente econômico favorecido pela queda dos juros no início do ano, aumento da renda das famílias, controle da inadimplência e novos programas, como o “Acredita”.

“Essa expansão, em um cenário de mercado de trabalho aquecido e melhora da atividade econômica, reforça a confiança de que o crédito continuará sendo um motor de desenvolvimento em 2024”, afirmou Rubens Sardenberg, diretor de Economia da Febraban.

Ele destacou que o crédito para famílias deve crescer 11,1% na modalidade de recursos livres, mesmo com uma revisão ligeiramente inferior à previsão anterior (11,3%).

Projeções para 2025 sugerem crescimento mais moderado

Para 2025, a expectativa de expansão da carteira de crédito foi ajustada para 9,3%, acima da projeção anterior de 9,1%. Esse crescimento é impulsionado, sobretudo, pela carteira de recursos livres, com estimativa de alta de 9,2%. No entanto, a carteira direcionada, que inclui programas específicos, deve avançar 9,8%, menos do que o estimado em setembro (10,3%).

Sardenberg alertou que a inadimplência pode limitar o otimismo. Para 2024 e 2025, a projeção é de estabilidade na taxa de inadimplência em 4,5%, superior às expectativas anteriores. “Os índices de inadimplência das famílias e pequenas empresas devem ser monitorados, especialmente diante do aumento da Selic, que impacta o custo do crédito e pode afetar o cenário positivo atual”, explicou.

Selic deve seguir alta até 2025

A pesquisa captou que 58,8% dos participantes avaliam como moderada a chance de o Copom acelerar o ritmo de alta da Selic para 0,75 ponto percentual na próxima reunião. A expectativa é que a taxa básica de juros alcance 12,75% ao ano em março de 2025 e permaneça nesse patamar até a metade do ano.

Mesmo com uma Selic elevada, 70,6% dos bancos acreditam que o ciclo de queda dos juros começará no final de 2025, condicionando a retomada do crescimento econômico a ajustes no cenário fiscal.

Dólar e inflação em perspectiva

Para o câmbio, a projeção é que o dólar atinja R$ 5,50 no segundo trimestre de 2025, com uma leve valorização do real ao longo do período. Já para a inflação, 88,2% dos bancos consultados esperam um IPCA acima de 4% em 2025, sendo que quase metade (47,1%) projeta que a inflação fique ainda maior, refletindo pressões do cenário internacional e desafios fiscais internos.

Necessidade de corte de gastos

A pesquisa também apontou que um corte de gastos entre R$ 60 bilhões e R$ 80 bilhões no acumulado de 2025/2026 seria necessário para reduzir os prêmios de risco e reancorar as expectativas fiscais. Esse movimento é considerado essencial para sustentar a confiança do mercado e garantir a retomada do crescimento econômico.

*Com informações da agência de notícias CMA.

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