A Administração Estatal para a Regulação do Mercado (SAMR) da China anunciou hoje uma investigação contra a Nvidia, gigante americana do setor de semicondutores, por suspeitas de violação da lei antimonopólio do país.
A investigação analisará as práticas comerciais recentes da Nvidia, incluindo possíveis irregularidades relacionadas à aquisição da Mellanox Technologies, empresa israelense comprada em 2020. Essa aquisição havia sido previamente aprovada pelos reguladores da China, União Europeia e Estados Unidos.
A SAMR busca determinar se a Nvidia violou os regulamentos chineses em suas operações locais. O anúncio ocorre em meio a tensões tecnológicas crescentes entre Pequim e Washington, intensificadas pelas restrições recentes dos EUA a 140 empresas chinesas do setor de semicondutores, com o objetivo de conter o avanço tecnológico da China na área de circuitos integrados.
A tecnologia da Nvidia para inteligência artificial e computação avançada é considerada essencial para a indústria global, tornando o caso especialmente relevante.
Em novembro, Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia, defendeu maior cooperação global no campo da tecnologia, apesar das tensões entre EUA e China. Huang ressaltou o compromisso da empresa em equilibrar inovação com conformidade regulatória.
Durante uma cerimônia em que recebeu o título de doutor honoris causa na Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, Huang reafirmou a intenção de manter as operações da Nvidia na China, mesmo diante de preocupações de que a reeleição de Donald Trump como presidente dos EUA possa agravar as tensões geopolíticas atuais.
Leia Também: Revista científica ‘despublica’ 34 artigos de pesquisador brasileiro