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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou queda de 3,6 pontos em dezembro em relação ao mês anterior, atingindo 92 pontos, o menor nível desde junho deste ano (91,1 pontos). A média móvel trimestral apresentou retração de 0,6 ponto, encerrando o ano em 93,5 pontos, conforme dados divulgados pelo FGV IBRE nesta sexta-feira (20).
Esses números mostram o menor nível de confiança do consumidor nos últimos seis meses, com destaque para o grupo de renda mais baixa em meio aos atuais cenários de inflação e desvalorização do real.
Queda da confiança entre faixas de renda
A piora da confiança foi disseminada entre todas as faixas de renda, com destaque para os consumidores de menor poder aquisitivo.
Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, fatores como a alta recente da taxa de juros e pressões inflacionárias, especialmente em itens como alimentos, contribuíram para o aumento do pessimismo, para os próximos meses.
Balanço do momento atual e expectativas
O Índice de Expectativas (IE), que reflete a visão dos consumidores sobre o futuro, caiu 4,9 pontos, alcançando 98,5 pontos, menor nível desde junho.
Já o Índice de Situação Atual (ISA), que mede a percepção sobre o momento presente, recuou 1,4 ponto, para 82,9 pontos, atingindo o menor patamar desde setembro.
A percepção sobre as finanças pessoais das famílias no momento atual caiu 2,0 pontos, para 74,2 pontos, e a percepção sobre a economia local reduziu de 0,8 ponto, para 92 pontos.
Entre os indicadores específicos, o mais impactado foi o que avalia as finanças futuras das famílias, com uma queda de 8,3 pontos, para 98,8 pontos, alcançando o menor nível desde fevereiro.
O item que mede o ímpeto de compras de bens duráveis caiu 2,5 pontos, para 94,3 pontos, e o que avalia as perspectivas para a situação futura da economia recuou 3,3 pontos, para 102,8 pontos, em sua quarta queda consecutiva.
*Com informações da agência de notícias CMA
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