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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) registrou um leve avanço de 0,3 ponto em agosto, atingindo 93,2 pontos. Este foi o terceiro mês consecutivo de alta no indicador, que reflete a percepção dos consumidores sobre o cenário econômico atual e suas expectativas para o futuro.
Os dados divulgados nesta segunda-feira (26) pela Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), apresentaram um crescimento de 1,3 ponto, para 92,4 pontos, considerando as médias móveis trimestrais.
De acordo com Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, o aumento da confiança do consumidor foi impulsionado, desta vez, pelas faixas de renda mais altas, um comportamento diferente do que vinha sendo observado ao longo de 2024.
“A confiança dos consumidores de renda superior a R$ 9.600,00 foi o principal motor desse crescimento. A resiliência da economia doméstica, com um mercado de trabalho aquecido e inflação sob controle, sustenta o otimismo, mas o ritmo mais moderado sugere cautela quanto ao futuro”, explicou Gouveia.
Expectativas e situação atual
O avanço da confiança em agosto foi equilibrado entre as expectativas futuras e a avaliação do momento presente. O Índice de Expectativas (IE) subiu 0,3 ponto, atingindo 101,4 pontos, consolidando sua terceira alta consecutiva. Já o Índice da Situação Atual (ISA) também aumentou em 0,3 ponto, chegando a 81,9 pontos, o maior nível desde novembro de 2023.
Entre os componentes do ICC, o destaque positivo foi o indicador que mede as expectativas para a situação futura da economia. Este subiu 2,0 pontos, atingindo 111,4 pontos, o maior patamar desde abril de 2024. Além disso, o ímpeto de compra de bens duráveis registrou a terceira alta consecutiva, avançando 1,1 ponto e alcançando 87,8 pontos.
Por outro lado, a perspectiva para as finanças futuras das famílias apresentou uma leve retração. O indicador recuou 2,3 pontos, fechando o mês em 104,8 pontos, o que demonstra certa incerteza em relação às finanças pessoais no curto prazo.
Finanças pessoais e economia local
A percepção sobre as finanças pessoais das famílias apresentou uma leve queda de 0,3 ponto, para 70,7 pontos, refletindo um cenário de estagnação ou possível retração na renda familiar. Em contrapartida, o indicador que mede a percepção sobre a economia local subiu 0,9 ponto, atingindo 93,4 pontos, sugerindo otimismo moderado com a recuperação econômica em nível mais amplo.
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