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O Índice de Confiança da Construção (ICST) caiu 1,9 ponto em janeiro, atingindo 94,9 pontos. A média móvel trimestral também recuou, em queda de 0,8 ponto, conforme dados divulgados pelo FGV IBRE nesta terça-feira (28).
Segundo Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do FGV IBRE, as empresas do setor de Edificações apresentaram melhora na percepção dos negócios correntes. No entanto, empresas de Instalações, parte do segmento de Serviços Especializados, demonstraram maior pessimismo, pressionando o resultado do ICST.
O pessimismo também impactou o índice de Demanda Prevista, que atingiu o menor nível desde janeiro de 2023. Embora o ciclo de atividade para 2025 já esteja parcialmente contratado, Castelo destacou como desafio manter o crescimento do setor em um cenário de juros elevados.
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Queda nos subíndices
A retração da confiança foi puxada tanto pelo Índice de Situação Atual (ISA-CST), que caiu 0,4 ponto para 95,8, quanto pelo Índice de Expectativas (IE-CST), que teve queda mais acentuada, de 3,3 pontos, atingindo 94,2 — o menor patamar desde janeiro de 2023.
No ISA-CST, o indicador de situação atual dos negócios subiu ligeiramente (0,2 ponto), alcançando 95,6. Por outro lado, o indicador de carteira de contratos caiu 0,9 ponto, chegando a 96,0.
Já no IE-CST, ambos os componentes apresentaram queda: o indicador de demanda prevista recuou 4,3 pontos, para 96,0, e o de tendência dos negócios diminuiu 2,3 pontos, ficando em 92,3.
Custos em alta no setor de construção
Paralelamente, o Índice Nacional de Custo da Construção – M (INCC-M) registrou alta de 0,71% em janeiro, acima do aumento de 0,51% observado no mês anterior.
A tendência de aumento nos custos do setor também é evidenciada pela taxa acumulada em 12 meses, que atingiu 6,85%. Esse resultado representa um avanço expressivo em comparação com janeiro de 2024, quando o índice acumulava alta de 3,23% no mesmo período.
Utilização da capacidade da Construção
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) da Construção variou 0,3 ponto percentual (p.p.), alcançando 79,2%.
O NUCI de Mão de Obra apresentou leve queda de 0,1 p.p., enquanto o NUCI de Máquinas e Equipamentos registrou alta de 1,1 p.p.
Queda da confiança deve impactar o mercado
A queda da confiança no setor da construção pode indicar um ambiente de maior cautela para investimentos. O pessimismo quanto à demanda futura e a pressão dos juros elevados sugerem desafios para empresas do setor.
O desempenho das construtoras e companhias de serviços especializados podem enfrentar dificuldades na renovação de contratos e na expansão de suas atividades.
*Com informações da agência de notícis CMA
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