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A Copel (CPLE6) divulgou nesta terça-feira (26), durante o Copel Day 2024, suas metas de eficiência operacional, com economia de R$ 570 milhões e um plano de investimentos robusto de R$ 1,73 bilhão para os próximos dez anos.
A companhia busca aprimorar a gestão de custos, fortalecer suas operações e aumentar sua receita regulatória. E ressalta, ainda, que as metas divulgadas não representam garantias de resultados futuros, uma vez que fatores como mudanças econômicas, regulatórias e de mercado podem afetar a execução dessas iniciativas.
Metas de eficiência operacional da Copel
A Copel estabeleceu uma meta de redução de 20% nos custos com Pessoal, Material, Serviços e Outros (PMSO) até 2026. Em 2023, essas despesas totalizaram R$ 2,856 bilhões. A estratégia inclui:
Reequilíbrio do quadro de pessoal: programa de demissão voluntária (PDV).
Terceirização de funções não estratégicas
Implantação do OBZ full (Orçamento Base Zero): metodologia de planejamento que visa eliminar despesas desnecessárias.
A estimativa é de uma economia adicional de R$ 100 a R$ 110 milhões nos próximos dois anos e aproximadamente R$ 570 milhões ao longo do período.
Plano da Copel para investimento em transmissão
A companhia também anunciou no evento um investimento de R$ 1,73 bilhão ao longo de 10 anos para novas autorizações e melhorias em linhas de transmissão. O objetivo é reforçar a infraestrutura e atender à demanda crescente de energia elétrica.
Base de Remuneração Regulatória e Receita Anual Permitida
O plano da companhia prevê uma evolução na Base de Remuneração Regulatória (BRR), com foco no segmento de distribuição. Os investimentos estão estimados em:
R$ 2,092 bilhões em 2024
R$ 2,052 bilhões em 2025
Adicionalmente, a Quota de Reintegração Regulatória (QRR) deve avançar de R$ 549 milhões para R$ 587 milhões no mesmo período, com impacto positivo na Receita Anual Permitida (RAP).
Recompra, proventos e desinvestimentos
As ações da Copel (CPLE6) registraram forte alta na manhã desta terça-feira (26), após a empresa anunciar a venda de ativos de geração de pequeno porte e o programa de recompra de ações e proventos aos seus acionistas.
Às 11h55 (horário de Brasília) os papéis registravam alta de 5,79%, cotados a R$ 10,24.
Esse é o primeiro programa de recompra de ações ordinárias e preferenciais Classe B da companhia. O objetivo é adquirir os papéis para mantê-los em tesouraria, cancelá-los ou aliená-los. Além disso, as ações poderão ser utilizadas como parte de programas de remuneração destinados aos seus colaboradores.
A empresa anunciou proventos extraordinários na forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP) no valor de R$ 600 milhões, que serão distribuídos no valor de R$ 0,20 por ação, resultando em um dividend yield de 2,1%; com pagamento previsto para 23 de dezembro e ações negociadas ex-dividendos em 12 de dezembro.
Esse pagamento, portanto, não está relacionado aos últimos desinvestimentos anunciados pela empresa. Segundo esclarecimento do Itaú BBA, conforme a política de dividendos da companhia, o lucro líquido reportado não é ajustado por impactos pontuais para cálculo do payout.
*Com informações da agência de notícias CMA
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