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O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, afirmou que para acontecer um corte de juros nos EUA será preciso “ver mais dados positivos sobre a inflação, só isso”. A declaração foi dada nesta terça-feira (9), durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos.
Durante seu discurso, ele mencionou que leituras recentes de inflação mostraram alguns avanços modestos e que mais dados positivos fortaleceriam essa confiança, além de enfatizar que as expectativas de inflação a longo prazo parecem estar bem ancoradas.
Mesmo assim, o presidente do Fed ressaltou que, apesar dos avanços na redução da inflação e do arrefecimento do mercado de trabalho, a inflação elevada não é o único risco enfrentado pela instituição. Por isso, vão continuar tomando decisões “reunião por reunião”, para evitar cortar as taxas cedo demais ou mantê-las elevadas por mais tempo do que o recomendado.
Há uma semana, a ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês), mostrou que os membros precisavam de “maior confiança de que a inflação estava se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2%”.
No entanto, Powell disse hoje que o banco “não precisa esperar inflação chegar a 2% para agir em relação à política monetária”. Segundo o presidente, o mercado de trabalho não é mais o catalisador principal de pressões inflacionárias, isso permitiria agir mais rapidamente.
Riscos de ajustes prematuros
Powell alertou que atrasar ou não reduzir suficientemente a política monetária pode enfraquecer a atividade econômica e o emprego. Ao considerar ajustes na faixa de meta para a taxa de juros, ele assegurou que o Comitê continuará a avaliar cuidadosamente os dados recebidos e suas implicações para a evolução das perspectivas, o equilíbrio de riscos e a trajetória apropriada da política monetária.
Corte de juros em setembro
Segundo a ferramenta de monitoramento do CME Group, 73% do mercado acredita que o corte de juros aconteça em setembro. Os últimos dados econômicos reforçaram essa expectativa que, de certa forma, foi alimentada pela fala do presidente do Fed.
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