Elevação da nota de crédito do Brasil não surtiu efeito, avalia estrategista

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

Os investidores estrangeiros seguem olhando com desconfiança para o Brasil, mesmo após a elevação da nota de crédito pela Moody’s. O upgrade foi recebido com ceticismo devido aos pontos frágeis do relatório, segundo o estrategista do BTG Pactual, Álvaro Frasson.

Durante painel na live do Dia do Investidor, organizada pela Wise Investimentos em parceria com o Monitor do Mercado, nesta quarta-feira (4), ele afirmou que a mudança não foi recebida com credibilidade nos mercados.

Inflação e juros no Brasil

No cenário doméstico, Frasson destacou que a inflação acumulada em 12 meses permanece acima da meta e deve atingir 5,5% até meados de 2025, encerrando o ano próximo de 5%. Para a inflação retornar à meta até o final de 2026, é preciso que a taxa Selic ultrapasse os 15%.

O estrategista também alertou para os efeitos de um PIB acima do potencial, que, apesar de parecer positivo, pode gerar inflação e maior endividamento público no longo prazo. Segundo ele, o crescimento sustentável é fundamental para manter o equilíbrio econômico e atrair investidores.

Na visão de Frasson, o futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, entende que a mensagem da instituição tem que ser dura, pois os dados inflacionários estão longe da meta que o BC persegue. O mercado espera duas altas de 1% nas reuniões do Copom em dezembro e janeiro.

Arcabouço fiscal foi um avanço para o Brasil

Frasson avaliou o arcabouço fiscal como um avanço, mas ressaltou que ainda apresenta falhas. Ele explicou que, se as regras fossem aplicadas a todas as despesas primárias desde 2003, o Brasil teria uma relação dívida/PIB mais baixa e um superávit maior.

O plano de corte de gastos do governo foi descrito por Frasson como “frágil”. Na última semana, o BTG Pactual divulgou um estudo apontando que o corte de gastos real para os próximos dois anos ficará próximo dos R$ 46 bilhões, bem longe dos R$ 71,9 bilhões divulgado pelo governo federal.

Câmbio e estratégias para 2025

Frasson afirmou que o real está descolado de seus fundamentos por conta dos ruídos fiscais. Simulações realizadas pelo BTG Pactual indicam que, ao excluir fatores domésticos, a cotação do dólar estaria em R$ 5,40, bem abaixo dos atuais R$ 6,06.

Com um cenário econômico volátil previsto para 2025, Frasson acredita que os investidores precisam adotar estratégias defensivas no curto prazo, revisando seus portfólios mensalmente. Ele também ressaltou a importância de diversificar com ativos externos, que podem proteger contra riscos e oferecer oportunidades em um ambiente de incerteza.

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