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O salário mínimo no Brasil é um tema de grande relevância, pois afeta diretamente a vida de milhões de trabalhadores. Para 2025, o reajuste do salário mínimo já começa a ser projetado, à medida que índices econômicos importantes são divulgados. Um dos indicadores fundamentais para esse cálculo é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou o mês de novembro em 0,33%, acumulando uma alta de 4,84% nos últimos 12 meses, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Atualmente, duas possibilidades surgem para determinar o novo valor do salário mínimo. A primeira segue a regra de reajuste em vigor, que considera duas correções: uma pelo INPC acumulado até novembro do ano anterior e outra baseada no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, que para 2023 seria de 3,2% conforme previsão do IBGE.
De que forma o INPC e o PIB influenciam no reajuste?
A fórmula tradicional de reajuste do salário mínimo utiliza o INPC do ano anterior, que, para novembro de 2024, acumulou 4,84%, como um dos componentes principais. Além disso, esta regra inclui o crescimento do PIB do ano de 2023, previsto em 3,2% pelo IBGE, resultando em um aumento total de 8,22%. Com essas correções, espera-se que o salário mínimo cresça de R$ 1.412 em 2024 para aproximadamente R$ 1.528 em 2025, considerando o arredondamento automático previsto em lei.
Há outra possibilidade de ajuste?
Sim, uma segunda possibilidade está em discussão através do Projeto de Lei 4614/24, que foi recentemente enviado à Câmara dos Deputados. Este projeto faz parte de um pacote de ajuste fiscal que visa limitar os aumentos do salário mínimo para conter os gastos públicos. O projeto propõe que o aumento seja calculado com base no INPC e em um adicional fixo que não ultrapasse 2,5%, ignorando o crescimento do PIB. Se aprovado, o salário mínimo em 2025 poderia chegar a R$ 1.518, com um aumento de 7,51%.
Quais são as implicações econômicas de cada metodologia?
O governo justifica a segunda proposta como uma forma de controlar as despesas públicas, já que o salário mínimo influencia diretamente gastos com benefícios previdenciários, seguro-desemprego e abono salarial. Por sua vez, seguir com a regra tradicional de ajuste pode significar um maior benefício para os trabalhadores, mas também implica num aumento nas despesas do governo, algo que contrasta com os esforços atuais de contenção fiscal.
Qual será o impacto final para os trabalhadores?
Independentemente da decisão final, os trabalhadores precisarão se preparar para os ajustes que estão por vir. Caso a regra atual permaneça em vigor, o ganho real poderá ser mais significativo. No entanto, se a nova fórmula do Projeto de Lei 4614/24 for aprovada, o impacto será menor, mas ainda positivo em termos de vencimentos. A decisão deve ainda ser acompanhada atentamente, especialmente para entender suas repercussões no orçamento familiar e na economia em geral.
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