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As bolsas da Europa fecharam esta terça-feira (14) com desempenhos variados. O movimento reflete expectativas relacionadas à política econômica do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e dados de inflação mais leves no país. Ao mesmo tempo, o mercado de energia foi pressionado pela queda nos preços do petróleo.
Desempenho dos índices
- FTSE 100 (Londres): -0,28%, a 8.201,54 pontos;
- CAC 40 (Paris): +0,20%, a 7.423,67 pontos;
- DAX (Frankfurt): +0,64%, a 20.261,41 pontos;
- IBEX 35 (Madri): +0,56%, a 11.753,60 pontos;
- PSI 20 (Lisboa): +0,73%, a 6.376,82 pontos;
- FTSE MIB (Milão): + 0,93%, a 35.124,59 pontos.
O Stoxx 600, índice que mede as 600 principais empresas da Europa, fechou em queda de 0,07%, a 508,31 pontos.
Fatores de impacto no mercado
A melhora no apetite ao risco foi impulsionada por expectativas de uma implementação gradual das tarifas comerciais sob a nova administração norte-americana, conforme noticiado pela Bloomberg. Dados de inflação também influenciaram o mercado. O Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos EUA mostrou alta mais contida em dezembro, com a taxa núcleo permanecendo estável.
Por outro lado, o setor de energia registrou perdas devido à queda nos preços do petróleo. A BP, gigante do setor, recuou 2,54% em Londres após revisar para baixo suas projeções de resultados do quarto trimestre.
Movimentos corporativos e balanços
No mercado de ações, o setor de luxo foi destaque positivo. A Brunello Cucinelli, empresa italiana de moda, surpreendeu ao reportar uma receita acima do esperado no último trimestre, levando seus papéis a avançarem 2,01% em Milão. O índice FTSE MIB fechou em alta de 0,93%, a 35.124,59 pontos. Em Paris, o grupo LVMH também subiu, com ganhos de 0,82%.
Cenário fiscal na Europa
Na França, o primeiro-ministro François Bayrou anunciou uma meta de déficit fiscal de 5,4% do PIB em 2025, acima do objetivo anterior de 5%. O plano inclui uma reforma previdenciária, que enfrenta resistência de setores à esquerda do Parlamento, aumentando a volatilidade política no país.
No Reino Unido, a ministra das Finanças, Rachel Reeves, reiterou o compromisso com a sustentabilidade fiscal, enquanto os Gilts (títulos públicos britânicos) seguem sob pressão no mercado.
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