Exportações industriais batem recorde, mas setor registra déficit

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

As exportações da Indústria da Transformação atingiram um valor recorde de US$ 181,9 bilhões em 2024, um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior. Apesar do avanço, o setor registrou um déficit de US$ 56,9 bilhões, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O setor de alimentos continuou sendo o principal motor das exportações, representando 36,6% das vendas externas da indústria. Ao todo, foram exportados US$ 66,5 bilhões em alimentos, um crescimento de 6,5% em relação a 2023.

Produtos como açúcares, melaços e carne bovina tiveram destaque, com aumento das vendas para mercados como Indonésia, Emirados Árabes Unidos e China.

Bens de consumo

As exportações de bens de consumo não duráveis e semiduráveis cresceram 11% no ano, puxadas por alimentos e bebidas voltados para uso doméstico. Outros segmentos, como celulose, aeronaves e veículos, também contribuíram para o desempenho positivo.

Juntas, as vendas externas dos setores de Alimentos, Metalurgia e Veículos representaram 56,7% das exportações da Indústria da Transformação.

Importações avançam mais que exportações

Apesar do recorde nas vendas externas, as importações da indústria cresceram 9,3% no ano, alcançando US$ 262,5 bilhões. Esse avanço superou o crescimento das exportações e ocorreu mesmo em um cenário de desvalorização cambial.

As compras foram dominadas por bens intermediários, como insumos para a produção, que totalizaram US$ 151,1 bilhões, e por bens de capital, como máquinas e equipamentos, que somaram US$ 35,7 bilhões.

Os setores de Químicos, Equipamentos Eletrônicos e Máquinas e Equipamentos responderam por 43,6% das importações da indústria.

Estados Unidos lideram entre parceiros comerciais

Os Estados Unidos foram o principal destino das exportações da Indústria de Transformação brasileira em 2024, representando 17,4% do total. A União Europeia e o Mercosul aparecem na sequência, com destaque para o aumento das vendas para os Estados Unidos.

No lado das importações, a China continuou sendo o maior fornecedor, seguida pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

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