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Os fatores climáticos e econômicos trarão desafios significativos para os produtores rurais. A produção da soja para a safra 2024/25 enfrentará dificuldades devido à imprevisibilidade do clima no país, refletindo em margens de lucro mais apertadas, tirando a atratividade do setor, segundo relatório da Biond Agro.
De acordo com a empresa, a área plantada de soja para o período terá o menor crescimento em comparação com os últimos cinco anos, com aumento estimado de apenas 2,55% em relação à safra anterior. Segundo o relatório, a área plantada de soja será de 47,2 milhões de hectares, refletindo margens de lucro mais estreitas e um cenário de menor atratividade para o setor.
Influência climática incerta na safra 24/25
O relatório da Biond Agro também aponta que o impacto do fenômeno La Niña sobre a safra 24/25 ainda é incerto, mas preocupante. “A intensidade fraca do La Niña pode gerar impactos climáticos diferentes nas regiões do Brasil, o que torna o planejamento agrícola um desafio. O comportamento irregular das chuvas e a intensidade do calor, por exemplo, pode prejudicar a produtividade em áreas que costumam ser mais produtivas”, ressalta o líder de inteligência e estratégia da Biond Agro, Felipe Jordy.
Para a empresa, as mudanças climáticas globais estão tornando os impactos de fenômenos como El Niño e La Niña menos previsíveis, exigindo dos produtores maior atenção ao planejamento e ao uso de tecnologias de mitigação de riscos climáticos.
“A variabilidade climática está cada vez mais presente nas safras brasileiras. Os produtores precisarão adotar cada vez mais práticas de gerenciamento de risco, para minimizar os impactos e garantir a produção nas metas”, conclui Jordy.
Impacto do corte de margens na produção de soja
A combinação de fatores econômicos adversos está pressionando as margens dos produtores de soja, influenciando o desempenho esperado para a safra 24/25. De acordo com o especialista, “os custos elevados e a oferta mundial abundante estão comprimindo os preços e consequentemente as margens de lucro. Com a alavancagem financeira dos produtores em alta, muitos terão dificuldades para investir em tecnologia, o que também pode comprometer a produtividade esperada”.
A previsão de produtividade é de 58,2 sacas por hectare, um crescimento de 9% em relação à safra anterior, mas inferior à média histórica dos últimos anos com La Niña de intensidade fraca.
Embora a produção de soja tenha uma expectativa de crescimento em 11,8%, chegando a 164,8 milhões de toneladas, esse aumento deve ser visto com cautela, considerando os desafios mencionados.
Jordy reforça que “A projeção de ampla oferta tende a pressionar os preços. Por isso, é crucial que o gerenciamento dos custos, dos riscos na produção e comercialização seja conduzido com excelência, visando maximizar os resultados em um ano que promete ser desafiador.”
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