Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) decidiu mantém a taxa básica de juros dos EUA no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano. A decisão unânime foi comunicada na tarde desta “super quarta” (29).
A atividade econômico continuou se expandindo em um ritmo sólido, com a taxa de desemprego se estabilizando em um nível baixo e as condições do mercado de trabalho permanecendo sólidas, segundo o relatório.
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No entanto, a inflação continua elevada e as perspectivas econômicas são incertas. Dessa forma, para atingir o máximo de emprego e inflação na taxa de 2% no longo prazo, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros para continuar monitorando as informações e dados para tomar as próximas decisões.
A manutenção acontece após três cortes de juros consecutivos, pausando o ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo. Agora, a atenção se vira para o discurso de Jerome Powell, presidente do Fed, que pode fornecer novas pistas sobre o futuro da taxa de juros nos Estados Unidos.
Comunicado decepciona o mercado
Com a divulgação, as bolsas em Nova York estenderam a queda. Às 16h10 desta “super quarta”, o Dow Jones cai 0,42%; S&P 500 opera em baixa de 0,75%; e Nasdaq registra queda de 1,03%.
Os juros dos Treasuries (títulos do tesouro norte-americano) atingiram suas máximas diárias após a decisão: Note de 2 anos sobe a 4,2567%, de 4,2021%, enquanto Note de 10 anos avança a 4,5871%, de 4,5344%.
Decisão do Fed era esperada
De manhã, às 11h30 (horário de brasília), 99,5% dos analistas acreditavam na manutenção, segundo o monitoramento do CME Group (veja na imagem abaixo). Para a próxima reunião, que será realizada 19 de março, as apostas também são de manutenção (69,6%).
Os cortes devem voltar a acontecer apenas em maio, onde as expectativas estão dividas, ou junho, em que a chance de corte prevalece, com 74,5% — caso não haja corte na reunião anterior.
Por que os juros dos EUA subiram tanto nos últimos anos?
Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).
A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia, assim controlando a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.
Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Federal Reserve parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,5% ao ano). Os juros só começaram a cair em setembro de 2024, quando tivemos o primeiro corte desde 2020.
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