O senador Flávio Bolsonaro já admitiu que, se o seu pai continuar inelegível em 2026, ele disputará a Presidência.
O celular do doutor Zampieri
Em dezembro de 2023 o advogado Roberto Zampieri foi assassinado a tiros na porta do seu escritório, em Cuiabá. Durante os trabalhos da perícia, uma mão caridosa colocou ao lado do corpo o seu celular. Nele, podia-se ler uma mensagem esquisita tratando de mutretas na Justiça do Estado.
Graças a esse gesto, uma série de coincidências e malfeitos desembocaram no afastamento de desembargadores e na implosão de um esquema de traficâncias de assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça.
A turma da mutreta conseguiu uma decisão que bloqueava o acesso aos dados de celular de Zampieri e colocou toda a investigação sob sigilo. O Judiciário funcionou, os dados do celular foram anexados ao processo e o caso expandiu-se. Apareceu até um mercador que seguiu a mulher até Portugal e achou-a com um amigo. Para sua infelicidade, ele era um lutador de MMA.
A Polícia Federal trabalhou em silêncio e rastreou todas as malfeitorias guardadas no celular. Puxando as linhas de Zampieri, desabou o esquema de comércio de sentenças e formou-se um processo cinematográfico.
A documentação, que a princípio deveria ter sido bloqueada, irá para o gabinete do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal.
O policial que pôs ao lado do corpo de Zampieri o celular com a mensagem esquisita, sabia o que estava fazendo.
As pragas do Egito no Rio
As pragas do Egito foram dez e o Rio parece ainda estar na quarta. A cidade já passou por Sérgio Cabral, Pezão, Wilson Witzel e agora aguenta Cláudio Castro. Todos eleitos e dois deles, Cabral e Castro, reeleitos.
Cláudio Castro supera todos no quesito do ridículo. Depois do colapso policial de quinta- feira, ele reuniu sua equipe, com dois titulares vestindo tenebrosas fardas negras, e tentou trazer o governo federal para a frigideira:
— É preciso que o presidente Lula ouça os governadores.
Perdeu uma oportunidade de ficar calado. Sua entrevista, dada horas depois do vexame, foi mais uma prova de que ouvi-lo é perda de tempo.
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Publicitário e Jornalista.