Gestores de patrimônio administram R$ 469 bilhões em investimentos no primeiro semestre

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O volume administrado por gestores de patrimônio no Brasil cresceu 2,45% no primeiro semestre de 2024, atingindo R$ 469 bilhões em investimentos, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Esse aumento foi impulsionado, principalmente, por investimentos em renda fixa, que apresentou crescimento de 9,5%, refletindo a atratividade dos ativos com maior segurança em meio ao cenário de juros elevados.

Crescimento da renda fixa e mudança no perfil de investimentos

Com a taxa Selic em dois dígitos, muitos investidores com maior poder aquisitivo optaram por alternativas mais conservadoras, como a renda fixa. Esse segmento, que inclui títulos públicos, privados e outros fundos, subiu de R$ 173,6 bilhões para R$ 190,1 bilhões, aumentando sua participação nas carteiras de 37,9% para 40,5%.

Richard Ziliotto, presidente da Comissão de Gestão de Patrimônio da Anbima, destacou que, apesar da tendência diversificada do segmento, os investidores estão buscando rentabilidade no longo prazo, priorizando ativos que oferecem maior liquidez e segurança no atual cenário econômico.

Impacto nos investimentos de renda variável e híbridos

Embora o montante aplicado em produtos de renda variável tenha crescido ligeiramente, de R$ 155,7 bilhões para R$ 157,8 bilhões, a participação desse tipo de ativo nas carteiras caiu de 34% para 33,7%. Essa classe inclui ações, fundos de ações, e fundos de investimento em participação (FIP).

Os investimentos híbridos, que englobam multimercados, fundos imobiliários e ETFs, também recuaram, passando de R$ 115,8 bilhões em dezembro de 2023 para R$ 105,2 bilhões em junho de 2024.

Esse movimento pode indicar uma maior cautela dos investidores em classes mais arrojadas, refletindo a preferência por opções mais seguras, como a renda fixa.

Previdência e títulos públicos

O investimento em previdência privada apresentou um crescimento expressivo de 16,2%, alcançando R$ 12,4 bilhões. A participação desses ativos nas carteiras de investimento também teve leve aumento, passando de 2,3% para 2,7%.

O volume investido em títulos públicos registrou alta de 13,9%, totalizando R$ 35,7 bilhões ao final do semestre. No entanto, esse crescimento foi impulsionado por um movimento concentrado que contribuiu com quase metade da expansão total.

Crescimento dos FIDCs e CDBs

Os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) cresceram 16,6%, atingindo R$ 19,7 bilhões, com parte desse montante sendo resultado de operações concentradas.

Já os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) avançaram 17,3%, somando R$ 10 bilhões.

Por outro lado, as debêntures tradicionais mantiveram-se estáveis, com leve queda de 0,2%, enquanto as letras financeiras caíram 16,3%, totalizando R$ 6,2 bilhões ao final de junho.

Evolução de clientes por região

O número de clientes e o volume financeiro administrado por gestores de patrimônio cresceram em todas as regiões do Brasil:

Nordeste: o montante investido aumentou 15,7%, somando R$ 42,1 bilhões, enquanto o número de clientes subiu 27,5%, alcançando 2.089.

Norte: o patrimônio líquido investido avançou 13,9%, com um total de 325 clientes.

Sudeste: a região com maior volume, o total financeiro administrado cresceu 1,4%, atingindo R$ 366,9 bilhões. O número de clientes na região também subiu 8,9%, somando 20.190.

Sul: o avanço foi de 0,4%, totalizando R$ 53,1 bilhões. A quantidade de clientes ampliou em 14%, para 4.695.

Centro-Oeste: o volume financeiro aumentou 1,3%, para R$ 5,1 bilhões. O número de clientes na região subiu 11,5%, totalizando 2.452.

*Com informações da agência de notícias CMA

Imagem: Piqsels

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