Guerra comercial de Trump impacta das Bolsas de Valores ao Bitcoin

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

Os mercados globais operam em forte queda nesta segunda-feira (3), após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar tarifas de 25% sobre produtos importados do México e do Canadá e de 10% sobre itens chineses. A medida aumentou a preocupação com uma guerra comercial global e induz dia de aversão ao risco nos mercados financeiros.

As medidas entrarão em vigor nesta terça-feira (4) e devem aumentar de forma significativa a volatilidade dos mercados, devendo impactar inclusive o Brasil. O México conseguiu, no início da tarde, negociar uma trégua de um mês com o Estados Unidos, em favor de condições sobre a imigração.

Na manhã desta segunda-feira, a moeda norte-americana disparou ante diversas moedas, enquanto índices acionários registram perdas significativas. O dólar abriu em alta de 0,67%, a R$ 5,87, enquanto os futuros de Nova York operavam em queda.

Reação da União Europeia

Trump também ameaçou impor tarifa de 10% sobre todas as importações da União Europeia (UE). Em resposta, a representante de política externa do bloco, Kaja Kallas, afirmou que a UE está preparando medidas de retaliação.

As bolsas europeias encerraram a sessão em baixa, pressionadas pelas ameaças tarifárias. Os mercados recuaram mais de 2% na abertura, refletindo o início das taxas sobre México, Canadá e China, mas reduziram as perdas com sinais de acordos. O Stoxx600 caiu 0,87%, o FTSE100 recuou 1,04%, o DAX perdeu 1,40% e o CAC40 caiu 1,20%.

Outros líderes europeus também se manifestaram, alertando que a escalada tarifária pode impactar ambas as regiões. O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que a Europa precisará reagir caso seja atingida comercialmente.

Por outro lado, o primeiro-ministro alemão, Olaf Scholz, adotou um tom mais diplomático, afirmando que a imposição de tarifas seria prejudicial tanto para os EUA quanto para a Europa, e defendeu a busca por cooperação.

Trump concede trégua de um mês ao México

Em uma reviravolta em meio à tensão global, o presidente dos EUA anunciou uma pausa de um mês nas tarifas contra o México após uma conversa com a presidente Claudia Sheinbaum. Durante esse período, ambos os países negociarão um acordo, com foco na segurança da fronteira e no combate ao tráfico de entorpecentes.

O mercado reagiu imediatamente à negociação. O peso mexicano valorizou diante do dólar após acordo entre Sheinbaum e Trump. Após subir mais de 2% pela manhã, o dólar recuava 0,95%, para 20,48 pesos, enquanto estendia alta de 0,26% sobre o dólar canadense.

Às 15h28 (horário de Brasília), o dólar recua 0,34%, cotado a R$ 5,82. O Ibovespa, que registrava perdas, passou a operar próximo da estabilidade.

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Sanções atingem Criptomoedas

A guerra comercial também refletiu no mercado de criptomoedas. O Bitcoin caiu quase 5% na manhã desta segunda-feira e depreciou mais de 13% nos últimos dias, enquanto o Ether despencou 17%.

Segundo dados fornecidos pelo Cointrader Monitor ao Valor Econômico, além das quedas do Bitcoin e do Ether, outras criptomoedas também registram perdas expressivas. O XRP, token da Ripple, caiu 18,9%, enquanto a Solana recuou 10%. O BNB, criptoativo da Binance, também sofreu desvalorização de 13%.

Já os dados da Coinglass, plataforma profissional de análise de dados de derivativos de criptomoedas, apontam que aproximadamente 450 mil traders tiveram suas posições liquidadas, resultando em perdas que ultrapassam US$ 1,7 bilhão em liquidações forçadas no mercado de derivativos.

O sentimento de aversão ao risco e a busca por ativos mais seguros, no entanto, devem continuar impactando o mercado de criptoativos nos próximos dias.


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