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O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quinta-feira (21) em queda de 0,99%, aos 126.922 pontos, menor patamar desde 6 de agosto. Durante a sessão, o índice oscilou entre a mínima de 126.593 pontos e a máxima de 128.196 pontos.
A incerteza em torno do pacote de cortes de gastos públicos continua pesando sobre o mercado. O governo deve anunciar os detalhes na próxima semana, após reuniões entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Segundo economistas, a indefinição mantém os ativos brasileiros sob pressão, com reflexos na retração da Bolsa e na valorização do dólar.
Na semana, o Ibovespa acumula queda de 0,68% e, no mês, a retração chega a 2,15%. No ano, o índice registra alta de 5,41%.
Destaques do Ibovespa
A maior parte das ações de peso no índice recuou, incluindo os grandes bancos como Itaú (-1,73%), Bradesco (-0,74%) e Banco do Brasil (-2,28%). Petrobras chegou a virar para alta, mas subiu apenas 0,17% (ON) e 0,29% (PN), enquanto a Vale, principal ação da carteira do índice, recuou 0,10%.
Entre as maiores altas do dia, ficaram Vamos (+5,14%), Embraer (+3,32%) e BRF (+3,28%). Por outro lado, Lojas Renner (-5,31%), Cosan (-4,64%) e Hapvida (-4,64%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
Geopolítica e juros nos EUA influenciam
No cenário externo, a guerra entre Rússia e Ucrânia voltou a ganhar destaque, especialmente após relatos de uso de mísseis de longo alcance por ambos os lados. A tensão elevou o preço do petróleo, com o Brent subindo 1,95%, para US$ 74,23 o barril.
Nos Estados Unidos, sinais do Federal Reserve indicam um possível ajuste gradual nos juros, à medida que dados econômicos reforçam a necessidade de cautela. Para mercados emergentes, como o Brasil, um dólar forte dificulta o desempenho dos ativos locais.
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