Ibovespa termina dia em queda, apoiado na Petrobras

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

O Ibovespa, principal índice da nossa Bolsa de Valores, encerrou o primeiro pregão de 2025 com queda de 0,13%, aos 120.125 pontos. O índice foi pressionado pelo desempenho negativo das bolsas internacionais e pelo pessimismo com o cenário fiscal brasileiro. Contudo, a valorização de cerca de 2% nas ações da Petrobras, impulsionada pela alta do petróleo no exterior, ajudou a conter perdas mais acentuadas.

Cenário Fiscal Brasileiro prejudica Ibovespa

O cenário fiscal do Brasil segue como a principal preocupação dos investidores neste início de ano. Apesar da aprovação de algumas medidas de contenção de gastos pelo Congresso em dezembro, o pacote foi enfraquecido, com economias previstas reduzidas de R$ 70 bilhões para algo em torno de R$ 50 bilhões entre 2025 e 2026.

Analistas alertam que o governo ainda depende de receitas extraordinárias para cobrir despesas crescentes, o que ameaça a sustentabilidade do arcabouço fiscal. Em 2024, esse desequilíbrio foi um dos principais responsáveis pela valorização de 27% do dólar em relação ao real. Com o fluxo cambial negativo de US$ 15,9 bilhões no ano passado, os mercados esperam novos ajustes fiscais para evitar maior desconfiança dos investidores e uma escalada do endividamento público.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que outras medidas de contenção estão em estudo, mas o mercado segue cético, especialmente diante das dificuldades políticas para aprovar cortes em áreas sensíveis, como emendas parlamentares e repasses obrigatórios.

China: Pior Início de Ano Desde 2016

Os mercados emergentes começaram 2025 de forma desastrosa, com a China registrando o pior desempenho para um início de ano desde 2016. O índice CSI 300 caiu 2,9%, enquanto o Shanghai Composite recuou 2,7% e o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 2,2%.

A queda foi motivada por dados decepcionantes da atividade industrial em dezembro, que cresceu em ritmo menor do que o esperado. Além disso, a baixa nos pedidos de exportação reflete o impacto contínuo das incertezas no comércio global, incluindo tensões com os Estados Unidos, que podem aumentar tarifas sobre produtos chineses sob o novo governo de Donald Trump.

Os mercados também aguardam medidas adicionais de estímulo por parte do governo chinês, que enfrenta desafios significativos, como a crise no setor imobiliário e a falta de confiança dos investidores. Apesar de ganhos pontuais em 2024, analistas temem que o pacote de estímulos implementado no ano passado tenha efeito limitado, especialmente diante da desaceleração econômica global.

O yuan atingiu seu menor nível frente ao dólar em quase 14 meses, e setores como tecnologia e financeiro lideraram as perdas no mercado acionário, com quedas de até 4,3%. Essa retração coloca o governo chinês sob pressão para anunciar novas metas de crescimento e políticas de estímulo na reunião do Congresso Nacional do Povo, marcada para março.

Pressões Globais e Perspectivas

Com a economia dos Estados Unidos ainda atraindo fluxos financeiros devido aos juros elevados e a política de Trump potencialmente inflacionária, o dólar deve permanecer forte em 2025. Para o Brasil e outros mercados emergentes, isso significa maior volatilidade e desafios adicionais.

Internamente, o governo precisará reforçar sua credibilidade fiscal para evitar novos episódios de aversão ao risco, enquanto no exterior, o desempenho da China será crucial para determinar o ritmo do crescimento global e a dinâmica das commodities. O mercado permanece atento a esses fatores, que devem continuar moldando o cenário econômico nos próximos meses.

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