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Após três dias de intensas preocupações com a possibilidade de uma recessão nos EUA, os principais índices de ações do país e as taxas dos Treasuries de longo prazo (títulos de dívida emitidos pelo governo americano) atingiram as máximas da sessão, com aumento do apetite dos investidores por ativos arriscados.
Desempenho dos índices e treasuries
Por volta das 14h25, o S&P 500 subia 2,01%, alcançando 5.290 pontos, muito próximo da máxima do dia, de 5.296 pontos.
Entre os juros de Treasuries, a taxa da T-note de 10 anos avançava para 3,895%, em comparação com 3,774% no dia anterior, e próximo do pico do pregão, de 3,898%.
A demanda ligeiramente menor que a média em um leilão de T-notes de 3 anos, cuja taxa máxima ficou abaixo do rendimento cotado no mercado, também contribuiu para o avanço das taxas.
Impacto nos juros de Depósito Interfinanceiro (DI)
Os juros dos EUA em alta influenciaram as taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) no Brasil, que também renovaram as máximas do dia em quase toda a curva, especialmente na ponta longa. A taxa para janeiro de 2029 subia para 11,820%, próxima do nível mais alto do pregão, de 11,840%, e comparada a 11,710% no ajuste anterior.
Análise do mercado
Segundo relatório da corretora Schwab, o desempenho positivo das bolsas dos EUA não indica que o mercado superou os receios de recessão e a tendência negativa dos pregões anteriores. “Os principais índices ainda estão em ou perto de uma correção, definida como uma queda de 10% em relação às máximas recentes”, afirma.
Mercado de câmbio
No mercado de câmbio, o dólar à vista caía 1,70%, cotado a R$ 5,6438, enquanto o contrato de dólar para setembro registrava queda de 1,32%, a R$ 5,6600.
O Citi avalia que o real brasileiro, a lira turca, a libra esterlina e o peso chileno continuam vulneráveis em caso de um movimento de desalavancagem adicional e mudanças de posicionamento por parte dos investidores globais, após essas moedas terem recebido fluxos de recursos nos últimos três meses.
Ibovespa e ações em destaque
O Ibovespa subia 0,81%, atingindo 126.290 pontos, refletindo um cenário mais favorável a ativos de risco. As ações do Itaú Unibanco e do Bradesco se destacaram positivamente, contribuindo juntas com 0,26 ponto percentual para o avanço do principal indicador da B3.
Medidas de compensação para desoneração da folha
No noticiário doméstico, as medidas de compensação para a desoneração da folha de pagamento sugeridas pelo Senado são insuficientes para cobrir a renúncia fiscal da medida entre 2024 e 2027, segundo nota técnica da Instituição Fiscal Independente (IFI).
As ações – que incluem a renegociação de dívidas das agências reguladoras e atualização de bens no Imposto de Renda – só serão eficazes se combinadas com a elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Dependendo do aumento na contribuição, a receita gerada poderá até ser maior do que o necessário para compensar a desoneração.
Imagem: Unsplash
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