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O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) registrou alta de 0,02% na quarta semana de janeiro de 2025, após mostrar um avanço de 0,12% na semana anterior. Com o resultado, o índice acumula alta de 3,38% nos últimos 12 meses, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (3).
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O economista e coordenador do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da Fundação Getulio Vargas, André Braz, avalia que a desaceleração do indicador tenha sido influenciada artificialmente pela entrada do bônus de Itaipu em energia elétrica.
Além disso, ele destaca que houve pressões altistas pelos grupos Alimentação e Educação, Leitura e Recreação. Em relação ao primeiro grupo, já era esperado, por ser janeiro o mês em que os alimentos tradicionalmente sobem um pouco mais devido a fatores sazonais.
Já quanto ao grupo Educação, Leitura e Recreação, a variação é atribuída ao período de início do ano letivo; além da contribuição de passagem aérea para assegurar a aceleração do índice no mês.
Desempenho dos grupos componente do IPC-S
O grupo Habitação foi o que exerceu maior pressão sobre o IPC-S, com a varição da taxa de -1,78% para -2,43%. Esse recuo indica redução nos custos relacionados a moradia, como tarifas de energia elétrica e água, que podem ter sido influenciadas por ajustes tarifários ou descontos temporários.
Outros grupos que registraram desaceleração no índice foram:
- Alimentação: caiu de 1,32% para 1,22%, indicando leve alívio nos preços de alimentos.
- Vestuário: recuou de 0,48% para 0,22%, possivelmente refletindo liquidações de início de ano.
- Despesas Diversas: passou de 0,27% para 0,26%, com impacto marginal no índice geral.
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Setores em alta no IPC-S
Por outro lado, quatro grupos apresentaram avanço na variação:
- Transportes: subiu de 0,55% para 0,83%, possivelmente influenciado por reajustes em combustíveis ou tarifas de transporte público.
- Educação, Leitura e Recreação: aumentou de 0,04% para 0,18%, refletindo os gastos típicos de início de ano letivo.
- Saúde e Cuidados Pessoais: passou de 0,60% para 0,66%, possivelmente por reajustes em medicamentos e serviços de saúde.
- Comunicação: subiu de -0,06% para 0,01%, indicando estabilização nos custos de telefonia e internet.
Projeção para o IPC-S de fevereiro
Segundo divulgação do site Broadcast, a expectativa do economista para fevereiro é de que o IPC-S volte a acelerar, influenciado pela alta prevista para o item energia elétrica, com a saída do bônus de Itaipu.
Outros fatores como o rejuste nos preços dos combustíveis via Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a alta nos alimentos in-natura também devem pesar sobre as variações do índice.
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