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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,30% em julho, acima das projeções do mercado, que esperavam um avanço de 0,23% no mês. Segundo os dados divulgados, nesta quinta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a prévia da inflação brasileira desacelerou em comparação ao aumento de 0,39% do mês anterior.
No acumulado do ano, a variação é de 2,82%, e nos últimos 12 meses, de 4,45%. Na comparação com o mesmo período nos últimos três anos, o resultado de hoje é o maior para o IPCA-15 desde julho de 2021, quando subiu 0,72%. Em julho de 2022, o índice teve uma alta de 0,13%, e em 2023 registrou uma deflação de 0,07%.
Passagens aéreas puxaram alta do IPCA-15
Neste mês, sete dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA-15 registraram aumentos de preços. O grupo de Transportes foi o principal responsável pelo desempenho mensal, com uma alta de 1,12%, após cair 0,23% no mês anterior. As passagens aéreas, que subiram 19,21%, foram a maior contribuição individual, adicionando 0,12% ao índice.
Outras altas destacadas vieram dos grupos de Habitação (aumento de 0,49%); Saúde e cuidados pessoais (alta de 0,33%); e Despesas pessoais (aumento de 0,32%).
O resultado do IPCA-15 em julho refletiu altas de preços em 10 das 11 regiões pesquisadas. Brasília teve a maior alta, de 0,61%, enquanto Recife foi a única região a registrar uma queda, de 0,05%.
Grupos com deflação
Na outra ponta, dois grupos apresentaram deflação em julho: Alimentação e bebidas, e Vestuário. O grupo de Alimentação e bebidas caiu 0,44%, após uma alta de 0,98% em junho. Esta foi a primeira queda para o grupo após oito meses consecutivos de alta. A alimentação no domicílio recuou 0,70%, enquanto a alimentação fora do domicílio subiu 0,25%.
O grupo de Vestuário apresentou uma queda de 0,08%, com impacto nulo (0%) no índice geral.
Repercussão nos mercados
Segundo análise divulgada pelo Bradesco nesta manhã, a alta acima do esperado para o IPCA-15, não deverá influenciar o controle da inflação brasileira, por estar concentrada em um item volátil — passagens aéreas.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, abriu a manhã em queda, repercutindo a agenda econômica no Brasil e no exterior. Às 11h, o índice recuava 0,48%, aos 125.816 pontos.
Imagem: Suamy Beydoun
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