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O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) registrou uma deflação de 0,16% na quarta semana de agosto, apresentando uma desaceleração em cinco das oito classes de despesa que o compõem, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (2) pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
A principal contribuição para essa desaceleração veio do grupo Educação, Leitura e Recreação, cuja variação passou de 0,52% para -0,60%, puxada principalmente pela queda no preço das passagens aéreas, que caíram 3,46% após terem subido 2,50% na apuração anterior.
Quedas e avanços nas classes de despesa
Além de Educação, os grupos Transportes (de 1,22% para 0,82%); Habitação (de -0,16% para -0,40%); Despesas Diversas (de 0,64% para 0,45%); e Alimentação (de -0,99% para -1,03%) também registraram decréscimo.
Dentro desses grupos, destaca-se a redução nos preços da gasolina (de 3,36% para 2,29%), tarifa de eletricidade residencial (de -0,99% para -2,09%) e hortaliças e legumes (de -16,34% para -17,25%).
Por outro lado, os grupos Vestuário (de -0,13% para -0,04%) e Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,07% para 0,14%) apresentaram avanço nas taxas de variação, impulsionados por itens como calçados infantis e artigos de higiene pessoal.
Maiores influências no IPC-S
Os itens que mais puxaram o IPC-S para cima foram:
Gasolina: (3,36% para 2,29%);
Banana-prata: (10,72% para 13,00%);
Plano e seguro de saúde: (0,53% para 0,53%);
Serviços bancários: (0,89% para 0,72%); e
Etanol:(5,13% para 3,46%).
Em sentido contrário, os principais itens que contribuíram para a queda do índice foram:
Tarifa de eletricidade residencial: (-0,99% para -2,09%);
Tomate: (-25,52% para -23,68%);
Batata-inglesa: (16,28% para -17,58%);
Cebola: (-20,02% para -24,35%); e
Passagem aérea: (2,50% para -3,46%).
Projeções para setembro
O economista da FGV e coordenador do IPC-S, André Braz, prevê que o índice deve voltar a acelerar em setembro, impulsionado principalmente pelos preços administrados, como energia elétrica, pedágios e cigarro. Ele alerta que o índice pode se aproximar do teto da meta de 4,5%, com um movimento contrário ao observado em agosto, quando o índice recuou 0,16%.
Braz também destaca que os preços administrados e o grupo de Alimentação devem influenciar positivamente o IPC-S nos próximos meses. A evolução do preço da energia elétrica dependerá do volume de chuvas, com a possibilidade de encerrar 2024 com bandeira verde, o que neutralizaria os aumentos a partir de setembro.
*Com informações da agência de notícias CMA.
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