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O fenômeno La Niña tem sido um fator determinante nas condições climáticas globais devido às suas influências nas temperaturas e nos padrões de precipitação. Com temperaturas oceânicas mais frias no Pacífico equatorial, La Niña contribui para uma série de eventos climáticos extremos que afetam diversas regiões do planeta.
Conforme o Centro de Previsão Climática dos EUA, as condições típicas de La Niña estão previstas para persistir até, pelo menos, abril de 2025. Além disso, há uma probabilidade considerável de transição para um estado neutro no período subsequente, impactando diferentes aspectos ambientais e agrícolas.
Como o La Niña afeta diferentes regiões?
Os efeitos de La Niña variam conforme a localização. No Brasil, por exemplo, este fenômeno tende a aumentar as chuvas nas regiões Norte e Nordeste. Este aumento pode ser benéfico, pois auxilia na recuperação dos níveis de água dos rios, especialmente na floresta amazônica.
Por outro lado, no Sul do Brasil, a expectativa é de menor pluviosidade, o que pode resultar em períodos de seca e aumento das temperaturas. As regiões Centro-Oeste e Sudeste do país também podem sentir impactos variáveis, com alterações nos padrões esperados de chuva e temperatura.
Quais são as implicações agrícolas da La Niña?
O setor agrícola sente de forma acentuada os efeitos de La Niña. Na Argentina, por exemplo, foi registrado impacto significativo nas safras de soja e milho, cruciais para a economia local. Tal situação foi parcialmente aliviada por chuvas previstas para o início do ano.
As mudanças nas condições climáticas exigem uma adaptação contínua dos agricultores, que precisam ajustar suas práticas de plantio e colheita. A umidade do solo é uma preocupação constante e, se as condições secas se estenderem, isso pode afetar negativamente as safras de inverno.
O que esperar da transição para condições neutras?
O fenômeno ENSO Neutro, que ocorre quando nem El Niño nem La Niña predominam, é esperado com 60% de probabilidade entre março e maio de 2025. Este estado configura um equilíbrio que pode estabilizar alguns dos padrões climáticos flutuantes causados por La Niña e El Niño.
Durante este período de transição, a variabilidade climática pode ser menos intensa, oferecendo um alívio temporário das condições extremas. No entanto, a incerteza em torno dessa fase neutra permanece, exigindo monitoramentos constantes e adaptabilidade das sociedades afetadas.
Quais são os desafios e possíveis soluções?
O maior desafio para o ano de 2025, especialmente em regiões suscetíveis do Hemisfério Sul, estará relacionado à gestão eficaz da água e à manutenção da produtividade agrícola. Planos de ação que incorporem tecnologias de clima inteligente e práticas agrícolas sustentáveis poderão mitigar os impactos negativos.
A cooperação multilateral e a partilha de informações entre as nações são cruciais para enfrentar as adversidades impostas pelos fenômenos climáticos. Estratégias proativas e inovadoras serão fundamentais para garantir a resiliência frente às mudanças esperadas nos padrões climáticos.
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