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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, na manhã de hoje, a Lei do Combustível do Futuro, que traz uma série de iniciativas para promover a mobilidade sustentável de baixo carbono e reforçar a posição do Brasil como líder na transição energética global. A cerimônia ocorreu na Base Aérea de Brasília, durante a Liderança Verde Brasil Expo, maior evento nacional sobre tecnologias de descarbonização.
A nova lei cria programas nacionais focados em combustíveis de baixa emissão, como o diesel verde, o biometano e o combustível sustentável para aviação. Além disso, ela aumenta a mistura de etanol e biodiesel na gasolina e no diesel, e institui um marco regulatório para a captura e armazenamento de carbono (CCS).
O marco é um avanço para o Brasil no combate às mudanças climáticas, com a expectativa de evitar a emissão de 705 milhões de toneladas de CO₂ até 2037, o que reforça o compromisso do país com a redução de gases de efeito estufa.
Investimentos no setor de biocombustíveis
A sanção da lei também desencadeou anúncios de investimentos por diversas empresas. A Raízen, por exemplo, planeja investir R$ 11,5 bilhões em nove novas plantas de etanol de segunda geração (E2G). A Inpasa também anunciou R$ 3,4 bilhões para o desenvolvimento de duas plantas de etanol e uma biorrefinaria na Bahia.
Outros aportes incluem R$ 3 bilhões do Grupo Potencial para ampliar sua planta de biodiesel no Paraná, que se tornará a maior produtora de biodiesel do mundo em planta única. Já o Grupo FS e a Be8 vão direcionar recursos para plantas de captura de carbono e biodiesel em Mato Grosso e Minas Gerais, respectivamente.
Setor de gás natural também receberá aportes
Além dos biocombustíveis, o setor de gás natural liquefeito (GNL) também receberá novos aportes. As empresas Virtu GNL, Eneva e Edge assinaram um compromisso de criar um corredor verde para o transporte de GNL, com investimentos de R$ 1,3 bilhão na primeira etapa, que ligará o Porto de Santos (SP) ao Porto de São Luís (MA).
A Shell, em parceria com a Raízen e o SENAI/SP, investirá R$ 120 milhões em um centro de pesquisa em bioenergia, destacando o papel da inovação no processo de transição energética.
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