Aracaju
Presidente do Sated-RJ (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos do Rio de Janeiro), o ator Hugo Gross processou a Globo na Justiça. Ele acusa a empresa de perseguições por causa de sua atuação sindical e de não contratá-lo mais para trabalhos.
A coluna teve acesso ao caso, que corre na 68ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Gross pede R$ 1,8 milhão. A Justiça já marcou a primeira audiência para dezembro, quando pode haver acordo.
Na ação, o ator argumenta que desde que passou a presidir o Sated-RJ [em 2020], deixou de ser escalado para novelas da emissora. Seu último trabalho foi em “Aquele Beijo”, de Miguel Falabella, em 2011.
Para provar sua tese de perseguição, ele anexou e-mails que trocou com funcionários da Globo e conversas com atores, que dizem que ele virou uma persona non grata na empresa.
Gross também anexou um e-mail enviado para Amauri Soares, diretor-executivo da TV e Estúdios Globo, sem resposta. Ele diz que foi ignorado ao relatar as denúncias.
Nos últimos tempos, como presidente da Sated-RJ, Hugo Gross afirma que a direção de teledramaturgia tem desrespeitado atores veteranos e investido em “influenciadores sem preparo” para atuação.
Foi Gross, por exemplo, quem entrou na Justiça para impedir que o ex-BBB Gil do Vigor fizesse uma participação na reta final da novela “Família é Tudo”, em setembro. Ele também relutou em conceder uma liberação especial para que Jade Picon estreasse como atriz em “Travessia” (2022) sem registro profissional, o que está dentro da lei.
Recentemente, Gross afirmou que atores que apoiam candidatos de direita politicamente estão deixando de ter papéis em novelas da emissora, como a atriz Cássia Kis. Sobre o processo pessoal que moveu contra a Globo, Hugo Gross não respondeu aos contatos feitos pela coluna desde a semana passada através de sua assessoria. A Globo não comenta processos judiciais.
Publicitário e Jornalista.