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A corretora XP (XPBR31) encerrou o quarto trimestre de 2024 com lucro líquido ajustado de R$ 1,210 bilhão, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período de 2023. A empresa também registrou receitas recordes, impulsionadas pela diversificação de produtos e serviços.
Segundo o balanço publicado nesta terça-feira (19), o lucro líquido acumulado no ano ficou em R$ 4,544 bilhões, um crescimento de 17% sobre 2023. Já a receita líquida alcançou R$ 17,1 bilhões, um avanço de 15% na mesma base de comparação.
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Crescimento da receita em 2024
A receita líquida da XP no 4º trimestre foi de R$ 4,487 bilhões, alta de 11% na comparação anual. A receita bruta chegou a R$ 4,725 bilhões, crescimento de 10% na base anual.
O EBT (lucro antes de impostos) foi de R$ 1,289 bilhão, aumento de 30% na comparação anual. A margem EBT ficou em 28,7%, um avanço de 4,13 pontos percentuais (p.p.) em relação ao quarto trimestre de 2023.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE) ajustado atingiu 23,4%, aumento de 2,3 p.p. na base anual.
Base de clientes e ativos sob custódia
A XP encerrou 2024 com 4,68 milhões de clientes ativos, um crescimento de 3% em relação ao mesmo período do ano passado.
Os ativos sob custódia totalizaram R$ 1,227 trilhão, um avanço de 9% na comparação anual.
Expectativas para 2025
O CEO da XP, Thiago Maffra, destacou que a empresa conseguiu manter seu crescimento apesar da volatilidade macroeconômica em 2024. Segundo ele, o ambiente de juros altos deve beneficiar diretamente o crescimento dos ativos de clientes, que são o principal impulsionador de receitas dos produtos de investimento no varejo.
Além disso, Maffra projeta outro ano forte para a renda fixa e espera uma expansão no market share da XP no segmento de crédito privado (DCM).
A empresa também reafirmou que deve cumprir seu guidance para 2026, que prevê receita entre R$ 22,8 bilhões e R$ 26,8 bilhões ao final do período.
Citi vê desafios, mas mantém recomendação de compra
O Citi avaliou que os resultados trimestrais mostraram resiliência, apesar do cenário macroeconômico desafiador.
Os analistas preveem um crescimento de 10% no lucro líquido da XP em 2025, mas alertam para um ano difícil, com desafios no ambiente econômico.
“Apesar da perspectiva desafiadora, a XP conseguiu sustentar uma taxa de take rate estável e um ingresso líquido de varejo de R$ 20 bilhões, sugerindo resiliência dos resultados”, afirmaram os analistas Gustavo Schroden, Arnon Shirazi e Brian Flores.
O Citi manteve recomendação de compra para as ações da XP, com preço-alvo de US$ 18, representando um potencial de valorização de 19,8% sobre o fechamento da última terça-feira.
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