Via @portalr7 | O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes manteve a prisão preventiva do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, um dos “kids pretos”, que faz parte do grupo de elite do Exército, que está preso pela suspeita de participar do suposto plano de golpe de Estado e assassinato de autoridades. O ministro também permitiu visitas a ele, como a esposa e a filha.
Em dezembro do ano passado, Moraes suspendeu as visitas ao militar após uma irmã de Azevedo tentar levar equipamentos eletrônicos ao militarescondidos em uma caixa de panetone.
Segundo informou o Exército ao STF, a irmã de Azevedo foi visitá-lo no Batalhão da Polícia do Exército de Brasília em 28 de dezembro. Ela estava com uma caixa de panetone lacrada a ser entregue ao irmão.
No momento em que a caixa passou no detector de metais, o alarme foi acionado. Militares abriram a caixa e encontraram dentro dela um fone de ouvido, um cabo USB e um cartão de memória.
A irmã de Azevedo assinou um termo de apreensão e foi impedida de visitar o tenente-coronel naquele dia. Diante do que aconteceu, Moraes suspendeu as visitas a Azevedo.
Indiciamento
Em novembro, a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após o resultado das eleições presidenciais de 2022. Entre elas, estão os ex-ministros Augusto Heleno e Walter Braga Netto, e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Em dezembro, a corporação indiciou mais três pessoas pelo mesmo caso, entre elas Azevedo. Segundo a PF, na época dos fatos, o militar era major de Infantaria do Exército e servia no Comando de Operações Especiais. Ele é apontado como integrante do núcleo operacional do plano de assassinato de autoridades, entre elas Moraes.
Neste momento, o relatório da Polícia Federal sobre o suposto plano de golpe está na PGR. O documento será analisado pelo Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, instituição ligada ao gabinete do procurador-geral da República, Paulo Gonet. O documento foi enviado pelo ministro Alexandre de Moraes.
O indiciamento é um ato formal realizado pela autoridade policial durante a investigação de um crime. Ele ocorre quando, com base nas provas coletadas, os investigadores identificam uma pessoa como suspeita principal da prática de um delito e formaliza essa suspeita no inquérito.
Por Gabriela Coelho
Fonte: R7