Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
A Bolsa de Valores brasileira (B3) encerrou o pregão desta segunda-feira (16) em queda de 0,84%, aos 123.560 pontos, atingindo o menor patamar desde junho deste ano. A queda reflete a pressão do cenário fiscal sobre o índice Ibovespa, em meio à falta de avanços concretos no pacote de corte de gastos e a regulamentação da reforma tributária.
No mercado internacional, às vésperas da decisão de política monetária do FOMC, destaque para a divulgação de indicadores econômicos durante a manhã desta terça-feira (17), como as vendas do varejo e a produção industrial, que não devem alterar as projeções de aposta de um novo corte de juro pelo Fed nesta quarta-feira (18).
No Brasil, o mercado segue focado na divulgação da ata do Copom, que relata a reunião dos dias 10 e 11 de dezembro, que determinou a elevação de 1 ponto percentual na taxa Selic, para 12,25% ao ano. O documento meciona o ambiente desafiador externo, especialmente diante da conjuntura econômica dos Estados Unidos. Ambiente suscita maiores dúvidas sobre ritmos de desaceleração, desinflação e postura do Fed.
Hoje, na Câmara, está prevista para a partir das 14h a votação da regulamentação da reforma tributária.
Nesta terça-feira (17), o dólar abriu em alta de 0,80%, a R$ 6,14 e o dólar futuro na contramão, em queda de 0,12%, a R$ 6,15. Os juros futuros abriram em alta; enquanto o Ibovespa futuro sobe 0,24%, aos 123.740 pontos. Os rendimentos (yield) dos treasuries também valorizam.
Manchetes desta manhã
Dólar bate novo recorde e fecha a R$ 6,09 apesar do Banco Central intervir (Folha)
Governo libera R$ 7 bi em emendas, mas não há garantia de votação (Estadão)
Por IVA menor, Câmara retira incentivo ao saneamento (Valor)
Licitações de rodovias e portos vão gerar R$ 16 bi (Valor)
Trump cita o Brasil como alvo de tarifa maior (Valor)
Exclusivo: China planeja déficit orçamentário recorde de 4% do PIB em 2025 (Reuters)
VW e sindicatos retomam última rodada de negociações do ano sobre cortes de custos (Reuters)
Partidos revelam planos para resgatar a Alemanha da crise econômica (Reuters)
Nvidia cai em território de correção; recuperação da Broadcom continua (CNBC)
Chanceler alemão Olaf Scholz perde voto de confiança, abrindo caminho para eleição de fevereiro (CNBC)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas, à espera das decisões dos Bancos Centrais globais. A Bolsa de Londres recua em meio à valorização da libra após aumento dos salários britânicos acima do esperado nos três meses até outubro, sugerindo uma contenção das apostas em cortes de juros em 2025.
O mercado, no entanto, alimenta a expectativa de que o BoE mantenha as taxas estáveis na próxima quinta-feira (19) e, de outro lado, um corte de 25 pb nos juros pelo Fed na quarta-feira (18), em ritmo de flexibilização para o próximo ano.
Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, refletindo temores dos investidores de que as medidas de estímulo anunciadas por Pequim não sejam suficientes para restabelecer a economia. Segundo a Reuters, líderes chineses elevaram a meta de déficit fiscal para 4% do PIB em 2025 e mantiveram a meta de crescimento em 5%.
A expectativa pela decisão do Fed em relação ao corte dos juros nos Estados Unidos, também pressiona os índices.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,3%, Stoxx Europe recua 0,3%, o Nikkei fechou em baixa de 0,2% e o Shanghai -0,7%.
Confira os principais índices do mercado:
S&P 500 Futuro -0,3%
STOXX 600 -0,3%
FTSE 100 -0,8%
Nikkei 225 -0,2%
Shanghai SE Comp. -0,7%
MSCI EM -0,9%
Dollar Index +0,1%
Yield 10 anos +2,2bps a 4,4185%
Petróleo WTI -0,9% a US$ 70,04 barril
Futuro do minério em Singapura -0,5% a US$ 104,5
Bitcoin +0,9% a US$ 107010,63
Commodities
Petróleo: antes da divulgação da decisão do Fed, o petróleo cai, refletindo preocupações com a demanda. O Brent/fev cai 0,74%, a US$ 73,3 e o WTI/jan recua 0,89%, a US$ 70,08.
Minério de ferro: fechou em alta de 0,06% em Dalian na China, cotado a US$ 109,31/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,61%, cotados a US$ 104,40/ton. O mercado à vista está em queda de 0,09%, cotado a US$ 105,40/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o mercado mantém o foco na decisão do FOMC amanhã, com expectativa de novo corte de juros, de 0,25 ponto percentual.
Considerando o atual contexto político-econômico, os rendimentos dos treasuries de 10 anos podem subir para 6% pela primeira vez em mais de duas décadas, com o mercado pressionado por problemas fiscais e as políticas de Donald Trump sinalizando uma inflação mais elevada, segundo a gestora T. Rowe Price.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia traz em destaque principalmente a ata do Copom, que decidiu por unanimidade na semana passada a alta da Selic em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano e ajuste da mesma magnitude nas próximas duas reuniões; além da votação projeto de lei de regulamentação da reforma tributária, às 14h.
Na agenda de compromissos, o presidente da Câmara, Arthur Lira, deve se reunir hoje com líderes partidários numa tentativa de avançar com o pacote de corte de gastos. Segundo o relator do projeto na Câmara, o deputado Isnaldo Bulhões, o parecer aos líderes deve ser apresentado ainda nesta terça-feira e prosseguir com a votação o texto em plenário amanhã.
Às 11h30, Gabriel Galípolo, diretor e futuro presidente do Banco Central, participa de audiência com a S&P Global rating. Também está previsto para hoje o leilão de NTN-Bs e LFTs do Tesouro.
No mercado financeiro, ontem o dólar subiu 1%, a R$ 6,09, apesar das intervenções do Banco Central, enquanto o Ibovespa caiu 0,84%, aos 123.560 pontos, diante das incertezas com a política fiscal.
Destaques no mercado corporativo
Grupo Pão de Açúcar (GPA): o empresário Nelson Tanure negocia com Casino compra de ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA), segundo a Reuters. As ações do grupo subiram 16% nesta segunda-feira (16).
Tenda: estima resultado líquido entre R$ 360 milhões e R$ 380 milhões em 2025.
Minerva: deixa de divulgar estimativas para exercício social de 2024.
Cosan, Braskem e CSN: consideram mudar planos para o próximo ano com Selic em alta.
Hidrovias do Brasil: informou que a Ultrapar Logística passou a deter 40,39% do capital acionário.
Direcional: anunciou a aprovação de um novo programa de recompra de até 10 milhões de ações da companhia. A iniciativa não impactará a composição do controle acionário nem a estrutura administrativa da empresa.
Telefônica Brasil: formalizou um acordo para a migração de sua concessão para um regime de autorização. A assinatura do acordo ocorreu em conjunto com a Anatel, o TCU e a União.
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