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A Bolsa de Valores brasileira (B3) mostra um leve recuo nesta quarta-feira (9), ficando próxima do patamar do início da semana, aos 131 mil pontos, após sofrer uma queda de 0,4% ontem.
Além da decepção com os estímulos econômicos anunciados pela China, abaixo das expectativas do mercado, a queda no preço do petróleo devido às expectativas de cessar-fogo no Oriente Médio também contribiu para essa desvalorização. Como reflexo da queda da commodity, as ações da Vale registraram uma perda de 3% e a Petrobras teve queda de 2,5%.
O mercado internacional aguarda com expectativa a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), que deve fornecer novas indicações sobre a trajetória do juro nos Estados Unidos. O consenso é por um novo corte na taxa de juros de 0,25%.
No Brasil, o destaque é a divulgação do IPCA de setembro, que deve ser importante para projetar o Copom. As projeções do mercado variavam entre 0,38% e 0,52%.
Manchetes desta manhã
Risco fiscal e alta da Selic fazem juro real de mercado se aproximar de 7% ao ano (Valor)
Senado aprova Galípolo para presidência do BC (Valor)
Moraes autoriza volta do X no Brasil após rede cumprir ordens e 38 dias de suspensão (Folha)
Boeing interrompe negociações e retira oferta salarial ao sindicato em greve (Reuters)
Rio Tinto aposta tudo no lítio com compra de Arcadium por US$ 6,7 bilhões (Reuters)
Criptomoeda Solana pode subir 400% se Trump vencer a eleição, diz Standard Chartered (CNBC)
Banco central da Nova Zelândia reduz taxas em 0,50 pp no segundo corte consecutivo (CNBC)
EUA avaliam cisão do Google em caso antitruste histórico (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa operam mistas, ensaiando uma recuperação das perdas da véspera. Londres tem um bom desempenho apesar da queda da Rio Tinto após anúncio de compra da Arcadium Lithium.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem um viés definido, mas com grandes quedas nas bolsas da China. Xangai e Shenzhen em forte queda podem indicar uma realização de lucros. O índice Nikkei subiu 0,9%, o Hang Seng caiu 1,4% e o Xangai recuou 6,6%.
Em Nova York, após os ganhos nesta terça-feira, as ações de tecnologia voltam a ser destaque, assim como as ações da Alphabet, controladora do Google, que caem 0,9% no pré-mercado de NY, com o Departamento de Justiça dos EUA estudando uma cisão do Google para acabar com o monopólio da empresa no sistema de buscas. O S&P 500 e o Nasdaq futuro têm baixas de 0,1%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,1%
• STOXX 600 +0,2%
• FTSE 100 +0,4%
• Nikkei 225 +0,9%
• Hang Seng -1,4%
• Shanghai SE Comp. -6,6%
• MSCI EM -0,5%
• Dollar Index +0,1%
• Yield 10 anos estável a 4,0139%
• Petróleo WTI -0,6% a US$ 73,11 barril
• Futuro do minério em Singapura +0,2% a US$ 105,25
• Bitcoin -0,5% a US$ 62058,77
Commodities
Petróleo: recua quase 1%, oscilando em meio a tensões geopolíticas e o potencial de interrupções no fornecimento. O brent/dez cai 0,26% a US$ 76,98; o WTI/nov, -0,38%, a US$ 73,29.
Minério de ferro: cai 3,60% em Dalian, na China, após volta de feriado, cotado a US$ 110,02/ton. Em Singapura, os contratos caíram com o futuro a -0,05% a US$ 105,10/ton e o mercado à vista em queda de -0,47% cotado a US$ 105,50/ton.
Ações da Vale e Petrobras em foco
As ações da Vale e da Petrobras foram afetadas em cheio pelo cenário externo, puxando a Bolsa de Valores para baixo.
A petrolífera chegou a ter o barril de Brent recuando 4% no início da semana e sendo negociado em torno de US$ 72,90 nesta quarta-feira (09), com as expectativas do mercado sobre uma possível trégua entre Hezbollah e Israel, o que reduziria as tensões no Oriente Médio, uma região chave para a produção de petróleo.
Enquanto isso, o minério de ferro tenta uma recuperação de cerca de 1% após quedas acentuadas. Esse movimento reflete um leve otimismo nas commodities metálicas, mas ainda não compensa a decepção dos investidores com o pacote de estímulos da China.
Empresas de tecnologia em alta
No mercado internacional, as bolsas dos EUA encerraram em alta, impulsionadas principalmente pelas empresas de tecnologia. A Nvidia, fabricante de chips de inteligência artificial, viu suas ações subindo mais de 4% após anunciar uma parceria com a Foxconn para construir um supercomputador de IA.
Além disso, o início da temporada de balanços das empresas do S&P 500 traz expectativas de crescimento médio dos lucros em torno de 4,2%. No setor de tecnologia, o otimismo é ainda maior, com projeções de até 15% de aumento nos lucros.
Cenário internacional
Nos EUA, o destaque do dia é a divulgação da ata do FOMC, às 15h, que na última reunião cortou os juros nos EUA em 0,50 ponto percentual; além de falas dos membros do Fed ao longo do dia, como Raphael Bostic, Lorie Logan e Austan Goolsbee.
Ainda hoje, o presidente dos EUA, Joe Biden, deve conversar com Benjamin Netanyahu, para moderar eventual resposta de Israel ao Irã.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda começou com a divulgação do IPCA de setembro registrando alta de 0,44%, ante uma queda de 0,02% em agosto e mediana de 0,45%. As projeções do BTG Pactual eram de uma alta de 0,46% na comparação mensal e de 4,45% na anual.
A agenda do dia também reflete a aprovação de Gabriel Galípolo no Senado para assumir a presidência do Banco Central a partir de janeiro de 2025, com 66 votos a favor e 5 contra. Será a primeira troca de comando desde que a autonomia do BC entrou em vigor, em 2021.
O senador Eduardo Braga, que foi designado como relator da regulamentação da reforma tributária, deve apresentar plano de trabalho na próxima reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), prevista para o próximo dia 16.
No mercado financeiro, ontem o dólar subiu 0,9%, a R$ 5,53, e o Ibovespa teve queda de 0,38%, aos 131.512 pontos, impactado pela queda das commodities com a ausência de novos estímulos econômicos na China e tensões no Oriente Médio.
Destaques no mercado corporativo
Cyrela: teve alta de 45% nas vendas do terceiro trimestre, somando R$ 2,5 bilhões.
MRV: registrou uma alta de 24,4% das vendas líquidas no terceiro trimestre, totalizando R$ 2,7 bilhões.
PetroReconcavo: produziu 26,5 mil barris de óleo equivalente por dia em setembro, representando um avanço mensal de 3,1%.
Rumo: registrou alta de 1,8% nos volumes transportados em setembro, na comparação anual.
Vale: Marcello Spinelli deixou a vice-presidência de soluções de minério de ferro e, em seu lugar, assume interinamente Rogério Nogueira, atual diretor de desenvolvimento de produtos e negócios.
Intelbras: O conselho de administração da empresa aprovou Henrique Fernandez como diretor-presidente, que deve assumir a partir de abril de 2025.
Multiplan: assinou memorando de entendimento para a venda de 25% de participação no Jundiaí Shopping por R$ 251,4 milhões.
OI: Parte dos credores da empresa aprovaram a proposta da V.Tal pela carteira de clientes de fibra óptica; outros aguardam mais esclarecimentos da proposta, que devem ser encaminhados pela administração judicial da companhia.
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