Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
A Bolsa de Valores brasileira (B3), após três quedas consecutivas, encerrou o último pregão de outubro com uma perda de 0,71%, aos 129.713,33 pontos. No mês de outubro, o índice Ibovespa, principal índice da Bolsa, acumulou queda de 1,60%.
O momento negativo para a Bolsa brasileira reflete o posicionamento defensivo dos investidores motivado pela expectativa sobre o corte de gastos do governo prometido para após as eleições municipais e pela proximidade das eleições presidenciais dos Estados Unidos, que pode impactar o cenário econômico global, sobretudo com uma possível vitória de Trump, devido suas ideologias protecionistas.
O mercado internacional enfim vai receber os dados do mercado de trabalho dos EUA, o payroll, o indicador mais esperado da agenda, com poder de influenciar as apostas à reunião do Fomc, na próxima Superquarta. De outro lado, o mercado aguarda tenso pela eleição presidencial nos EUA.
No Brasil, destaque para a divulgação dos indicadores econômicos, como o IPC-S de outubro, a produção industrial de setembro pelo IBGE e calendário de balanços, enquanto o mercado aguarda impaciente pelo anúncio sobre o corte de gastos do governo, que foi adiado por mais uma semana, devido à viagem do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nos próximos dias.
Manchetes desta manhã
Inflação de alimentos ganha força e deve subir em torno de 1% ao mês no 4º tri (Valor)
Governo avalia limite de gastos obrigatórios e gatilhos de contenção (Folha)
Gestora Kinea arremata leilão da Rota do Zebu (Folha)
Desemprego cai a 6,4% no terceiro trimestre, o menor da série (Folha)
Limite para alta de gastos estudado pelo governo esbarra em regras de benefícios (Estadão)
Nevada, o ‘minipêndulo’ que pode decidir a eleição nos EUA (Globo)
Ouro e dólar se destacam no mês em meio a incertezas (Valor)
Fundos de hedge buscam negociações em eleições acirradas nos EUA (Reuters)
Petróleo sobe mais de US$ 1 com relatos de que o Irã está preparando ataque a Israel (Reuters)
Vendas da Apple sobem 6%, empresa vê demanda antecipada pelo iPhone 16 (CNBC)
Ações da Intel sobem 7% com lucros acima do esperado e orientação otimista (CNBC)
Ações de tecnologia estão em foco após liquidação, antes dos dados do payroll (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa seguem no positivo, impulsionadas por uma alta de energia, apesar de estarem em sua pior semana em quase dois meses, acumulando queda de aproximadamente 2%.
Na Ásia, as bolsas encerraram o primeiro pregão do mês no vermelho, após serem derrubadas pelas ações de tecnologia, ainda refletindo as perdas em NY de ontem. Tóquio registrou perda de quase 3%, enquanto apenas Hong Kong se manteve no patamar positivo, beneficiado pelas ações dos setores imobiliário e de cassinos.
Em Nova York, Wall Street ficou no negativo após os balanços da Meta e da Microsoft decepcionarem a divulgação dos resultados do terceiro trimestre. O S&P 500 futuro sobe 0,4%, Stoxx Europe avança 0,6%, o Nikkei fechou em queda de 2,6% e o Shanghai -0,2%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro +0,4%
• STOXX 600 +0,6%
• FTSE 100 +0,6%
• Nikkei 225 -2,6%
• Hang Seng +0,9%
• Shanghai SE Comp. -0,2%
• MSCI EM +0,2%
• Dollar Index +0,2%
• Yield 10 anos +0,8bps a 4,2927%
• Petróleo WTI +2,6% a US$ 71,06 barril
• Futuro do minério em Singapura -1,2% a US$ 102,45
• Bitcoin -0,2% a US$ 69788,88
Commodities
Petróleo: valoriza mais de 2% em meio a relatos de que o Irã está preparando ataque retaliatório a Israel. O brent para janeiro sobe a US$ 74,60 (+2,46%) e o WTI para dezembro, a US$ 71,09 (+2,64%).
Minério de ferro: registra queda de 1,47% em Dalian na China, cotado a US$ 108,15/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,54% a US$ 102,20/ton e o mercado à vista está em queda de 1,78%, cotado a US$ 102,25/ton.
Pacote fiscal adiado
O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará fora do Brasil na próxima semana para cumprir uma agenda de compromissos na Europa, retornando apenas no sábado, postergando o anúncio detalhado do pacote fiscal.
Haddad indicou que uma proposta poderá ser apresentada por meio de uma Emenda à Constituição (PEC), ou que sugere um processo legislativo prorrogado no Congresso. Sua ausência gera cautela no mercado, que aguarda uma solução para o crescente déficit fiscal do país.
Big Techs e petróleo em destaque
O setor de tecnologia deve mostrar uma melhora com as altas de Amazon, em 6% e da Intel, em 7% no after hours após a divulgação dos balanços, recuperando o dia de perdas em NY, após decepção com os resultados da Microsoft, Meta (Facebook) e queda das ações da Apple.
O preço do petróleo subiu 2% pela manhã, ultrapassando a marca de US$ 70 por barril, devido à escalada dos conflitos no Oriente Médio. Informações da inteligência de Israel indicam que o Irã cometeu ataques com drones e mísseis, elevando a demanda por commodities, o que pressionou os preços e aumentou a pressão inflacionária para importadores.
Cenário internacional
Nos EUA, a primeira agenda do mês iniciou com a divulgação dos tão esperados dados de emprego dos Estados Unidos, o payroll, às 9h30, com projeção do mercado de desaceleração da criação de vagas de trabalho para 100 mil, de 254 mil em setembro.
Na China, o PMI industrial Caixin subiu para 50,3 em outubro, ante 49,3 em setembro.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda teve início com o IBGE divulgando às 9h a produção industrial de setembro. A projeção do BTG Pactual era de alta de 1,70% na comparação mensal e de 4,40% na anual. Também está previsto para hoje o PMI industrial de outubro, logo mais às 10h.
A agenda da próxima semana traz como destaques a decisão do Copom na quarta-feira (6) sobre política monetária, no qual a Selic atualmente está em 10,75%, e IPCA de outubro na sexta-feira (8).
No mercado financeiro, ontem o dólar avançou 0,3%, negociado a R$ 5,78, em dia de formação da Ptax de fim de mês, enquanto o Ibovespa registrou queda de 0,71%, encerrando o mês aos 129.713 pontos em meio à volatilidade no exterior, incertezas fiscais no Brasil e temporada de balanços.
Destaques no mercado corporativo
Carrefour Brasil: lucrou R$ 221 milhões no terceiro trimestre, registrando alta de 67,4% na comparação com o mesmo período do ano passado, e a receita subiu 5,1% em base anual.
Grupo CCR: teve lucro de R$ 422 milhões no terceiro trimestre, com avanço de 68%.
EZTec: teve lucro de R$ 132,6 milhões no terceiro trimestre, registrando crescimento de 239%.
Americanas: convocou assembleia para o dia 11 de dezembro para deliberar, entre outros temas, sobre possível ação de responsabilidade civil contra ex-executivos responsáveis pela fraude contábil.
Auren Energia e AES Brasil: informaram que a combinação de negócios foi concluída, com a AES Energia passando a ser integrada integralmente.
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