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A Bolsa de Valores brasileira (B3) coleciona quedas sucessivas essa semana e após quatro baixas, nesta terça-feira (22), perdeu o patamar dos 130 mil pontos.
O enfraquecimento do Ibovespa nesta semana, segundo especialistas, está relacionado principalmente com a alta na curva de juros, que reflete as preocupações com o cenário fiscal.
No mercado internacional, o destaque do dia é a divulgação do tradicional Livro Bege pelo Federal Reserve (Fed), além de discursos dos dirigentes dos Bancos Centrais dos Estados Unidos e Europa, além da continuidade da divulgação dos resultados corporativos.
No Brasil, com agenda esvaziada de indicadores econômicos, seguem em destaque a participação de Campos Neto, ainda em Washington, de reunião com investidores do UBS, enquanto Paulo Picchetti é o convidado do evento da XP Investimentos.
Manchetes desta manhã
Exportações brasileiras perdem espaço para a China na América do Sul (Valor)
Volta da chuva faz agro prever nova safra recorde em 2025 (Globo)
Selic e crédito escasso fazem bancos subir juros de imóveis (Estadão)
Brasil barra convite para Venezuela ser parceira do Brics (Folha)
Mercado vê juros de dois dígitos no primeiro ano de Galípolo (Folha)
BBVA decide voltar a atuar no Brasil e disputa mercado de grandes empresas (Estadão)
Barreira comercial pode afetar crescimento econômico, diz FMI (Valor)
Arrecadação federal tem recorde em setembro, com alta real de 11,6% (Valor)
BCE começa a debater se as taxas devem cair abaixo do neutro, dizem fontes (Reuters)
Ações do metrô de Tóquio sobem 45% na estreia após o maior IPO do Japão em seis anos (CNBC)
FMI alerta sobre piora do mercado imobiliário da China ao cortar perspectiva de crescimento do país (CNBC)
Investidores acumulam fundos de mercados emergentes que excluem a China (Financial Times)
Frontier e Spirit Airlines retomam negociações de fusão (The Wall Street Journal)
Mercado global
As bolsas da Europa seguem majoritariamente em queda, influenciadas pelas mineradoras, que acompanham a commodity e por lucros fracos de empresas como Deutsche Bank e L’Oreal.
Na Ásia, as bolsas encerraram mais um pregão sem direção definida. Surpreendendo o mercado, em Tóquio, a ação da Tokyo Metro registrou alta de 45% acima do preço do IPO ao estrear nos negócios, mas ainda assim o Nikkei fechou em queda. Na China, os índices mantêm o fluxo de alta, ainda motivados pelas últimas medidas de estímulo À economia do país.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,2%, enquanto o Stoxx Europe recua 0,3%, o Nikkei fechou em baixa de 0,8% e o Shanghai subiu 0,5%. Já o rendimento (yield) dos treasuries de 10 anos sobem para 4,21%, após alcançar ontem o maior patamar desde julho, a 4,2%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,2%
• STOXX 600 -0,3%
• FTSE 100 -0,4%
• Nikkei 225 -0,8%
• Hang Seng +1,3%
• Shanghai SE Comp. +0,5%
• MSCI EM +0,2%
• Dollar Index +0,2%
• Yield 10 anos +1bps a 4,2177%
• Petróleo WTI -1,9% a US$ 70,39 barril
• Futuro do minério em Singapura -1,9% a US$ 98,7
• Bitcoin -1,4% a US$ 66564,5
Commodities
Petróleo: recua mais de 1% com estoques mais altos nos EUA e atenção voltada aos eventos no Oriente Médio. O brent/dez cai a US$ 74,68 (-1,79%) e o WTI/dez, a US$ 70,36 (-1,92%).
Minério de ferro: cai 1,91% em Dalian na China, cotado a US$ 104,68/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,94% a US$ 98,75/ton e o mercado à vista está em queda de 0,56%, cotado a US$ 103,10/ton.
Ajuste fiscal em foco
O presidente Lula se reuniu remotamente com representantes dos países do BRICS para discutir o aumento da tributação sobre os chamados “super-ricos”. A proposta visa arrecadar mais recursos, priorizando a elevação de receitas em vez de cortes de gastos.
Contudo, a medida foi recebida com cautela pelo mercado. O aumento de impostos, sem um plano efetivo para reduzir as despesas públicas, é visto como insuficiente para solucionar os problemas fiscais do país.
Diante das incertezas econômicas, o dólar permanece na faixa de R$5,70, enquanto as expectativas de inflação continuam subindo, refletindo a desconfiança nas políticas econômicas do governo.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia destaca a divulgação do Livro Bege às 15h, além de discursos de membros do Banco Central dos Estados Unidos. A participação da diretora do Fed, Michelle Bowman, está prevista para as 10h, enquanto o presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin, deve discursar em evento às 13h.
No calendário de balanços, estão previstos para hoje os resultados da Tesla, Boeing e Coca-Cola.
Cenário nacional
No Brasil, o mercado segue atento aos acontecimentos internacionais e discursos dos membros do Banco Central (BC) em eventos em Washington.
Nesta manhã, o presidente Lula participou, por videoconferência, da reunião dos BRICS. Para as 11h está previsto o discurso do diretor do Banco Central, Paulo Picchetti e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participa de evento às 16h30.
No mercado financeiro, ontem o dólar subiu 0,1%, a R$ 5,69 e Ibovespa recuou 0,31%, aos 129.951 pontos.
Destaques no mercado corporativo
Neoenergia: informou lucro de R$ 841 milhões no terceiro trimestre, representando uma queda de 46%.
Romi: teve lucro de R$ 23 milhões no terceiro trimestre, com queda de 48,2%.
Carrefour Brasil: as vendas brutas avançaram 4,8% no terceiro trimestre, para R$ 29,5 bilhões. A empresa fechou contrato com fundo de investimento imobiliário para a venda de 15 imóveis próprios por R$ 725 milhões e negocia a venda das lojas da bandeira Nacional e Bompreço, segundo informações do site Pipeline.
Cosan: fará emissão de R$ 2,5 bilhões em debêntures.
Infracommerce: emitiu R$ 70 milhões em notas comerciais. Bruno Vasques assume o cargo de VP de Finanças e diretor de RI a partir do dia 11 de novembro.
Usiminas: A BlackRock reduziu participação para 26.995.624 de ações PNA, o equivalente a 4,93% do total.
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