Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
A Bolsa de Valores Brasileira (B3) inicia a semana em queda, influenciada principalmente pelas expectativas em torno da inflação após divulgação do Boletim Focus nesta segunda-feira (21), com projeção do IPCA em 4,5%, atingindo o teto da meta. Além da inflação, o movimento de alta do dólar também pressiona o principal índice da B3, mas não o suficiente para recuar abaixo dos 130 mil pontos.
Na manhã desta terça-feira, o Ibovespa futuro registra queda de 0,36%, aos 131.780 pontos, enquanto o dólar oscila em leve queda de 0,04%, negociado a R$ 5,68 e o dólar futuro recua 0,11%, a R$ 5,69.
No mercado internacional, os mercados em NY se preparam para uma eventual vitória de Trump, que lidera as pesquisas e plataformas de apostas, com 63% contra 37% de Harris na Polymarket. Um novo mandato do republicano impulsionaria os juros dos Treasuries e o dólar, numa expectativa dos investidores de equilibrar o déficit e a inflação.
No Brasil, o mercado aguarda a divulgação dos dados sobre a arrecadação federal de setembro, pela Receita. O BTG Pactual estima que a arrecadação alcance R$ 201,5 bilhões, contra R$ 201,6 bilhões em agosto.
Manchetes desta manhã
Empresas fazem recompra recorde de debêntures, e investidor busca opções (Valor)
Com dólar alto, mercado já prevê inflação de 2024 no teto da meta (Globo)
Governo Lula planeja leilão de 22 terminais portuários até o fim do ano que vem (Folha)
Reparação por Mariana prevê R$ 167 bi, com programa de renda e duplicação de estradas (Estadão)
CSN consegue hipotecar fábrica de dona da Usiminas em SP (Estadão)
EMS propõe fusão à Hypera para criar a maior farmacêutica da AL (Estadão)
ASML espera crescimento em 2026, disputa entre EUA e China continuará, diz CEO (Reuters)
HSBC embarca em grande reestruturação e nomeia primeira mulher CFO (CNBC)
GM eleva projeção de lucros para 2024 após superar expectativas de Wall Street para o terceiro trimestre (CNBC)
EUA implementam regras de “open banking” para facilitar o compartilhamento de dados financeiros (Financial Times)
Mercado global
As bolsas da Europa registram queda em meio a incertezas geopolíticas, eleições americanas e ritmo dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed). Com forte perspectiva de alta de 5%, a SAP alemã impulsionou as techs e ajudou o DAX a reduzir perdas. Com o anúncio de aumento das metas da empresa, o índice de tecnologia subiu 1,4%.
Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão desta terça-feira de forma mista. O Japão registrou perdas com as ações de eletrônicos e bancos, mas as incertezas políticas que antecedem a eleição parlamentar no país também pressionam o mercado. Na China, as bolsas mantiveram o leve movimento de alta após o anúncio sobre as novas medidas para estimular o crescimento da economia.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,5%, Stoxx Europe recua 0,7%, o Nikkei fechou em baixa de 1,4% e o Shanghai subiu 0,5%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,5%
• STOXX 600 -0,7%
• FTSE 100 -0,7%
• Nikkei 225 -1,4%
• Hang Seng +0,1%
• Shanghai SE Comp. +0,5%
• MSCI EM -0,6%
• Dollar Index -0,1%
• Yield 10 anos +0,6bps a 4,2017%
• Petróleo WTI +0,9% a US$ 71,22 barril
• Futuro do minério em Singapura -1% a US$ 100,8
• Bitcoin -1% a US$ 67063,44
Commodities
Petróleo: volta a subir, com o mercado atento à crise no Oriente Médio e na demanda da China. O brent/dez sobe a US$ 74,99 (+0,94%) e o WTI/dez a US$ 70,76 (+1,03%).
Minério de ferro: registra leve queda de 0,52% em Dalian na China, cotado a US$ 107,01/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,32% a US$ 100,70/ton e o mercado à vista está em queda de 0,62%, cotado a US$ 103,60/ton.
Projeção do Boletim Focus e alta do dólar
O Relatório Focus, divulgado semanalmente pelo Banco Central, apontou uma projeção de inflação de 4,5% ao ano, valor que atinge o teto da meta estipulada pela instituição. Essa estimativa trouxe preocupação aos investidores, já que uma inflação elevada pode trazer impactos negativos para a economia.
Outro fator que mantém o mercado em estado de alerta é o movimento de alta do dólar, que encerrou o dia cotado a R$ 5,70. Com a moeda americana valorizada, o preço dos produtos importados, que representam uma parcela significativa do consumo no Brasil, tende a aumentar, intensificando a pressão inflacionária.
PIB e juros também preocupam
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) também chama a atenção do mercado. Embora um PIB mais robusto possa estimular a economia, ele também pode aumentar a necessidade de elevação da taxa de juros como forma de controlar a inflação.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, ressalta a importância de uma política fiscal responsável. Segundo ele, um controle mais rigoroso dos gastos públicos contribuiria para aliviar a pressão inflacionária no país.
Cenário internacional
Nos EUA, o FMI e o Banco Mundial devem divulgar hoje o relatório de perspectivas econômicas globais. A agenda do dia também traz como destaque a entrevista de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), pela Bloomberg TV, logo mais às 11h. Andrew Bailey, do BOE, e outros dirigentes do BCE e Fed também participam de eventos durante o dia.
Dando continuidade ao calendário de balanços, para hoje estão previstos os números da 3M, GM e Kimberly-Clark.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda desta terça-feira destaca a divulgação dos dados sobre a arrecadação federal de setembro, prevista para as 10h30 e o leilão de NTN-Bs e LFTs pelo Tesouro.
Entre os compromissos do dia, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, concede entrevista à TV americana CNBC, às 13h, e também deve participar de evento em Washington logo após, às 16h15. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o diretor do BC, Gabriel Galípolo, também participam de eventos nos EUA.
No mercado financeiro, ontem o dólar recuou 0,1% e atingiu R$ 5,73 na máxima do dia, enquanto o Ibovespa teve uma queda de 0,11%, aos 130.362 pontos. No mercado nacional, os ânimos foram acalmados após declarações de Roberto Campos Neto, de que a convergência da inflação estagnou e que a desancoragem das expectativas está muito clara.
Destaques no mercado corporativo
Cosan: Marcelo Eduardo Martins assumirá como diretor-presidente, no lugar de Nelson Gomes, que ocupará a cadeira da presidência da Raízen. Já Ricardo Mussa, atual presidente da Raízen, assume o comando da Cosan Investimentos.
Wilson Sons: realiza teleconferência às 10h para comentar acordo com a MSC.
Carrefour Brasil: divulga hoje, após o fechamento, prévia operacional do terceiro trimestre.
Tecnisa: as vendas líquidas da empresa tiveram queda de 28% no terceiro trimestre, para R$ 87,3 milhões.
Petrobras: divulgará seu relatório de produção e vendas do terceiro trimestre na próxima segunda-feira (28). A divulgação do balanço está prevista para o dia 7 de novembro.
Enel SP: recebeu termo de intimação da Aneel pelo descumprimento do plano de contingência.
B3: fará emissão de R$ 1,7 bilhão em debêntures.
Localiza: fará resgate antecipado de notas comerciais e debêntures.
Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
O post Morning Call: Mercado é pressionado por expectativas sobre inflação e cenário otimista para o dólar apareceu primeiro em Monitor do Mercado.