Morning Call: Mercado segue atento aos impactos dos dados de inflação no Brasil e economia dos EUA

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

A bolsa de valores brasileira voltou a cair, apesar dos esforços de recuperação no início da semana, fechando em queda de 0,4%, aos 131 mil pontos refletindo as expectativas do mercado internacional e do cenário doméstico.

O mercado internacional inicia o dia com grandes expectativas para a agenda dos Estados Unidos, com a divulgação do PIB e mais um discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), que pode dar sinais da possível antecipação de um novo corte de 50 pb na próxima reunião de política monetária.

No Brasil também é um dia agitado, com a divulgação do Relatório de Inflação do Banco Central (BC), com revisão do crescimento do PIB de 2024, de 2,3% para 3,2%

Apesar de o IPCA-15 de setembro trazer um alívio acima do esperado, não chegou a sensibilizar a curva do DI a mudar o consenso de que a Selic aumente 0,50pp em novembro.

Manchetes desta manhã

Endividamento elevado, gasto com ‘bets’ e juros em alta impactam consumo (Valor)

Piora no perfil da dívida e subida da Selic aumentam o custo da rolagem (Valor)

Previsto para janeiro, veto a uso de cartão de crédito nas bets pode ser antecipado (Globo)

Com juros subsidiados, BNDES libera verba recorde para inovação (Estadão)

Mercado global

As bolsas da Europa sinalizaram de forma positiva ao anúncio sobre maior apoio monetário e fiscal na China. Nesta manhã, o índice de confiança do consumidor da maior economia da região, a Alemanha, sinalizou leve melhora para outubro.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta consistente, após as principais lideranças do governo da China prometerem intensificar o apoio monetário e fiscal.

Após reunião com o presidente Xi Jinping, os principais líderes do Partido Comunista da China firmaram novo compromisso para metas anuais econômicas e mitigar desafios no setor imobiliário, com ajuste das restrições à compra de imóveis.

Em Nova York os índices futuros seguem no azul. O S&P 500 futuro sobe 0,79%, enquanto o Stoxx Europe opera em alta de 0,97%.  

Confira os principais índices do mercado:

S&P 500 Futuro +0,79%

STOXX 600 +0,97%

FTSE 100 +0,17%

Nikkei 225 +2,79%

Hang Seng +4,16%

Shanghai SE Comp. +3,61%

MSCI EM +2,00%

Dollar Index – 0,18%

Yield 10 anos -0,008 bps a 3,773%

Petróleo WTI -1,97% a US$ 68,32 barril

Bitcoin +1,78% a US$ 64.389,43              

Commodities

Petróleo: os preços da commodity caem mais de 1,5% com perspectivas de aumento da produção na Arábia Saudita e preocupações também com a demanda da Líbia. O brent/nov cede a US$ 72,03 o barril e o WTI/nov, a US$ 68,32.

Minério de ferro: fechou mais um dia em alta em Dalian, avançando 1,75%, cotado a US$ 103,71/ton. Em Cingapura, os contratos também estão em alta com o futuro em alta de 2,70% a US$ 99,00/ton e o mercado à vista em alta de +0,38%, cotado a US$ 93,25/ton.

Ibovespa sob pressão do cenário externo e queda no petróleo

O mercado externo acabou pressionando o Ibovespa, apesar do bom desempenho das ações da Vale e Petrobras no dia anterior.

O preço do petróleo registrou queda de cerca de 3% nas últimas 24 horas, sendo negociado a US$ 67 por barril, uma queda acentuada desde os US$ 72 registrados no início da semana, podendo refletir ainda no pregão de hoje.

Os mercados emergentes, de modo geral, também seguem sendo pressionados pela volatilidade global, ainda que os mercados internacionais sinalizem uma recuperação por meio das altas dos futuros das bolsas norte-americanas.

IPCA-15 abaixo das espectativas de mercado

O destaque da manhã foi, sem dúvidas, para a divulgação do IPCA-15, que mede a prévia da inflação oficial, trazendo números abaixo do esperado. Na primeira quinzena de setembro foi de 0,13%, abaixo da expectativa de 0,30%.

Apesar de surpreender, o IPCA-15 não aliviou a tensão do mercado sobre a expectativa de elevação da taxa Selic em 0,50 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Cenário internacional

Nos EUA, a agenda iniciou às 9h30, com a divulgação da leitura final do PIB do segundo trimestre, com projeções do mercado em torno de uma alta de 3%. Também às 9h30 foram divulgados o balanço mensal dos pedidos de bens duráveis e os dados sobre pedidos de seguro-desemprego.

Na noite anterior, o Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que evita a paralisação do governo, ao estender o financiamento para as agências federais até 20 de dezembro.

O grande destaque na agenda do dia é o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, às 10h20, e do dirigente do Fed de Nova York, John Willams, às 10h25. 

Cenário nacional

No Brasil, temos dia de agenda cheia, já começando com a divulgação do relatório de inflação do Banco Central (BC), com revisão do crescimento do PIB de 2024, de 2,3% para 3,2%; e a sondagem da indústria de setembro da FGV, às 8h.

Logo após, às 9h, o IBGE apresentou o índice de preços ao produtor (IPP) referente ao mês de agosto, no mesmo momento em que iniciava a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN).

A partir das 11h, deve acontecer a coletiva do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do diretor de política econômica, Diogo Guillen, sobre o relatório de inflação. Encerrando os compromissos da manhã, às 11h45, o Tesouro realiza leilão de LTN e NTN-F.

No mercado financeiro, ontem, o dólar fechou em alta de 0,23%, a R$ 5,4755, com ajuste global da moeda norte-americana, e o Ibovespa em baixa de 0,43%, aos 131.586 pontos, apesar do bom desempenho das ações da Vale e Petrobras.

Destaques no mercado corporativo

Cogna e Yduqs: estão em tratativas para possível fusão, sete anos após o Cade reprovar a operação, conforme divulgado pelo Valor Econômico.

Eneva: fechou acordo para encerrar um procedimento arbitral da Focus Energia nos EUA.

Iochpe-Maxion: aprovou pagamento de R$ 58,2 milhões em Juros sobre Capital Próprio (JCP).

MRV: anunciou oferta de até R$ 750 milhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI).

Coca Cola Femsa: retomou as atividades em Porto Alegre e anunciou investimento de R$ 886 milhões para recuperação da unidade ao longo dos próximos cinco anos. Parte dos recursos será destinada para o desenvolvimento de projetos de apoio à comunidade.

V.Tal (empresa de fibra óptica do BTG): levou a carteira de banda larga por fibra da Oi (ClientCo), com lance de R$ 5,68 bilhões.

Acompanhe as principais notícias do mercado financeiro todas as manhãs, também no Podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.

O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: SpotifyDeezerAmazon MusicPodcasters. Ou ouvir clicando abaixo:

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