Via Últimas notícias – Monitor do Mercado
A Bolsa de Valores brasileira (B3) tenta se manter firme e acima dos 130 mil pontos nesta sexta-feira (11), se sustentando na alta das ações da Petrobrás, que sobem influenciadas pelo preço do petróleo. Ontem a commodity registrou alta de 3,5%, na esteira do avanço nos conflitos do Oriente Médio.
O mercado internacional tem como principal destaque hoje a divulgação da inflação ao produtor (PPI) de setembro, após investidores ficarem apreensivos com o índice de preços ao consumidor acima do esperado, divulgado durante a semana.
No Brasil, a atenção do mercado está voltada à divulgação dos dados de serviços em agosto, pelo IBGE; com os economistas pressionando o Banco Central (BC) para um aumento de 300pbs da taxa Selic.
Manchetes desta manhã
Ministérios deixam de gastar R$ 22,6 bi até agosto e podem ajudar no resultado fiscal (Valor)
Cresce emissão de debêntures para quitar dívida (Valor)
Servidores do Tesouro em greve vão à Justiça para entregar cargos (Folha)
Indústria opera perto do limite e acende alerta para inflação (Estadão)
Lira indica freio a PEC do STF; Corte mantém veto a emendas (Estadão)
MP expira e a Âmbar, dos irmãos Batista, fica sem a Amazonas Energia (Estadão)
Departamento de Justiça dos EUA investiga compra de caças pelo Brasil (Estadão)
Crédito rural cai 31% no primeiro trimestre do Plano Safra (Valor)
Fazenda quer Cade em regulação concorrencial prévia a big techs (Valor)
CEO da Tesla, Elon Musk, revela o robotaxi ‘Cybercab’ (Reuters)
Economia do Reino Unido retorna ao crescimento em agosto após dois meses de estagnação (Reuters)
Ações chinesas lideram declínios na Ásia antes de briefing de política importante (CNBC)
Ações da Tesla caem 6% no pré-mercado após revelação do robotaxi Cybercab não impressionar (CNBC)
JPMorgan Chase supera estimativas de lucro e receita com receita de juros melhor do que o esperado (CNBC)
AMD lança chip de IA para rivalizar com o Blackwell da Nvidia (CNBC)
Mercado global
As bolsas da Europa operam sem direção definida, na expectativa de novos dados econômicos da China previstas para este sábado, projetando que Pequim anuncie entre US$ 280 e US$ 420 bilhões em novos gastos.
Londres recua com Sainsbury’s (-4,2%) depois que a Qatar Investment Authority tentou vender 306 milhões de libras (US$ 399 milhões) em ações; BP perde 0,4% com fracas margens de refino, prejudicando números do terceiro trimestre em até US$ 600 milhões.
Na Ásia, as bolsas encerraram a semana de forma mista, com as bolsas da China registrando forte queda. O mercado segue apreensivo com a coletiva das autoridades chinesas agendada para amanhã, que devem anunciar novas medidas para a economia do país. Em Seul, o Banco Central anunciou o primeiro corte nos juros em mais de quatro anos.
No pré-mercado de Nova York, as ações da Tesla caem 1%, após o lançamento do Cybercab, o protótipo de táxis autônomos. O S&P 500 futuro cai 0,1%, Stoxx Europe opera estável, o Nikkei fechou em alta de 0,6% e o Shanghai -2,5%.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,1%
• STOXX 600 estável
• FTSE 100 -0,2%
• Nikkei 225 +0,6%
• Hang Seng +3%
• Shanghai SE Comp. -2,5%
• MSCI EM +0,2%
• Dollar Index estável
• Yield 10 anos +3,2bps a 4,0924%
• Petróleo WTI -0,6% a US$ 75,4 barril
• Futuro do minério em Singapura +1,7% a US$ 106,2
Commodities
Petróleo: opera instável, mas a caminho de mais uma semana vencedora. O Brent/dez cai a US$ 78,91 (-0,62%) e WTI/nov a US$ 75,43 (-0,55%).
Minério de ferro: o futuro do minério de ferro subiu 1,7% no mercado de Singapura, alcançando US$ 106,2 por tonelada. O movimento ocorre em meio a novas expectativas de que o governo chinês anuncie estímulos econômicos no fim de semana.
Impacto do petróleo sobre os combustíveis
O preço do barril de petróleo registrou alta de 3,5% ontem, alcançando US$ 75, impulsionado pelas tensões no Oriente Médio. Esse cenário eleva os preços dos combustíveis em nível global, já que o petróleo é uma das principais referências para os valores de produtos derivados, como gasolina e diesel.
No Brasil, embora o preço internacional do petróleo tenha subido, o reajuste dos combustíveis é controlado pelo governo, o que gera incerteza sobre o impacto nos postos.
Projeções para a reforma tributária
O mercado também mantém o fico no progresso da reforma tributária. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou ontem (10) que quatro propostas estão em discussão, com ênfase na criação de uma tributação mínima para milionários.
Haddad ressaltou que a reforma deverá ser neutra em termos de arrecadação, ou seja, o governo não busca aumentar sua receita total, mas redistribuir a carga tributária de forma mais equitativa.
Essa mudança pode impactar setores de alta renda, criando tanto oportunidades quanto riscos para investidores, dependendo da forma como for aplicada.
Cenário internacional
Nos EUA, foi divulgada há pouco, às 9h30 a inflação ao produtor (PPI) de setembro, com projeção do mercado de desaceleração para 0,1%. O índice se mostrou estável em setembro (0%), em consenso de 0,1%. Na comparação anual, o PPI subiu 1,8%, pouco acima da previsão de +1,6%. Já o Núcleo do PPI avançou 0,2%, dentro do consenso. Na base anual, houve uma alta de 2,8%, enquanto a estimativa era de 2,7%.
O índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que inclui expectativas para a inflação, está previsto para logo mais, às 11h e Austan Goolsbee, Lorie Logan e Michelle Bowman, do Fed, falam ao longo do dia.
Também hoje a temporada de balanços traz a divulgação dos números do J.P.Morgan e Wells Fargo. Na próxima semana, devem sair os balanços do Bank Of America, Goldman Sachs, Citigroup, Rio Tinto, Netflix e da American Airlines, entre outros.
Na próxima semana, está previsto para quarta-feira (16) o CPI do Reino Unido; na quinta-feira (17) o CPI da zona do euro, com a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), a divulgação dos dados sobre as vendas no varejo e produção industrial dos EUA e a produção industrial da China.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda do dia iniciou com a divulgação dos dados sobre o volume de serviços de agosto pelo IBGE, às 9h; com uma projeção do BTG Pactual de estabilidade na comparação mensal e alta de 3,20% na anual.
Na agenda da próxima semana, será divulgado na segunda-feira (14) o IBC-Br de agosto, considerado uma prévia mensal do PIB.
Ainda hoje pela manhã, o presidente Lula deve conceder entrevista à rádio. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que não há pressa para enviar a reforma do IR ao Congresso, destacando a tributação de milionários como opção para financiar isenções. A Fazenda e o Banco Central estudam crédito garantido para reduzir custos de empréstimos.
No mercado financeiro, ontem o dólar caiu 0,02%, a R$ 5,58, e o Ibovespa subiu 0,30%, aos 130.353 pontos, apoiado pelas ações da Petrobras, que registraram alta em linha com a valorização do petróleo.
Destaques no mercado corporativo
LWSA: Rafael Chama, CFO da companhia, assumirá a presidência, no lugar de Fernando Cirne que vai para a presidência do conselho de administração.
Eneva: levantou R$ 3,2 bilhões em oferta, precificada a R$ 14,00 por ação, segundo a Bloomberg.
Embraer: teve seu jato cargueiro E190F foi certificado por órgão regulador nos EUA.
Petrobras: vai construir planta-piloto de hidrogênio renovável, segundo informações da Bloomberg.
Kora Saúde: concluiu o grupamento de ações na proporção de 10 para 1 e firmou acordo com debenturistas para estender o prazo da dívida de R$ 1,5 bilhão, visando a captação de R$ 200 milhões em recursos novos, segundo o site Pipeline,
Dasa: vendeu a corretora de seguros por R$ 255 milhões e deve descontinuar home care.
Even: as vendas líquidas da empresa registraram queda de 17% no terceiro trimestre, para R$ 248 milhões.
Direcional: registrou alta de 76% das vendas contratadas totais no terceiro trimestre, para R$ 1,76 bilhão.
Plano & Plano: registrou alta de 98,6% nas vendas líquidas do terceiro trimestre, para R$ 1,21 bilhão.
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