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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), encerrou o pregão desta terça-feira (4) em queda de 0,65%, aos 125.147,42 pontos e volume financeiro de R$ 19,8 bilhões, impactado pela divulgação da ata do Copom, que sinalizou preocupação com a inflação, mas não indicou o início do ciclo de corte da taxa Selic, deixando o mercado em estado de alerta.
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No mercado internacional, a disputa tarifária entre China e Estados Unidos seguem no radar, na expectativa de um acordo comercial com benefícios bilaterais. Ainda no contexto das relações internacionais, Trump surpreendeu o mercado nesta terça-feira, ao dizer que deseja se apropriar de Gaza.
No cenário corporativo, as ações da Alphabet (Google) caem 7% no pré-mercado de NY, após divulgar balanço com receita abaixo do esperado.
No Brasil, o mercado segue monitorando o cenário fiscal após a divulgação da ata do Copom, de olho na política tarifária dos Estados Unidos sobre seus parceiros comerciais, que devem aumentar a volatilidade e aversão ao risco nos mercados.
No cenário doméstico, a atenção segue voltada para a divulgação de indicadores econômicos e para a continuidade dos balanços corporativos.
Nesta quarta-feira (5), o dólar abriu em queda de 0,19%, a R$ 5,76, enquanto o dólar futuro avança 0,11%, a R$ 5,78. Os juros futuros abrem em alta e o Ibovespa futuro sobe 0,03%, aos 125.490 pontos.
Manchetes desta manhã
- China reage à ofensiva de Trump, eleva tarifas para os EUA e restringe venda de minerais raros (Valor)
- Trump diz que EUA vão tomar controle de Gaza e defende deslocar palestinos (Globo)
- Lula afirma que vai taxar produtos dos EUA se tarifaço de Trump se estender para o Brasil (Globo)
- Embate entre Joesley e Suarez é pano de fundo na guerra pelo gás (Folha)
- Orçamento rígido afeta crescimento nas cidades do Nordeste (Valor)
- Pressionadas por custos, Azul e Gol reduzem serviço de bordo (Valor)
Mercado global
As bolsas da Europa operam sem direção definida na sessão desta quarta-feira, em meio às perdas no setor de tenologia e ganhos em saúde. O mercado ainda segue apreensivo em relação às ameaças tarifárias de Trump à União Europeia.
Na Ásia, os índices tiveram um pregão de desempenho misto no retorno do feriado do ano novo lunar e começam a absorver os efeitos da guerra comercial deflagrada por Trump contra seus parceiros comerciais, diante da reação da China em taxar importações dos Estados Unidos. No Japão, o índice apresentou alta marginal com boa performance das montadoras.
Em Nova York, o S&P 500 futuro cai 0,6%, Stoxx Europe opera estável e o Nikkei +0,1%. Na volta do feriado, Shanghai recuou 0,6%.
Confira os principais índices do mercado:
- FTSE 100 estável
- Shanghai SE Comp. -0,6%
- MSCI EM +0,4%
- Dollar Index -0,3%
- Yield 10 anos -3,6bps a 4,4743%
- Petróleo WTI -0,8% a US$ 72,1 barril
- Futuro do minério em Singapura -1,1% a US$ 103,9
- Bitcoin +1,5% a US$ 98015,38
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Commodities
- Petróleo: cai em meio ao aumento dos estoques norte-americanos e à guerra tarifária entre China e EUA. O Brent/abril cai 1,08%, a US$ 75,38 e o WTI/março recua 1,06%, a US$ 71,93.
- Minério de ferro: fechou em queda de 0,99% em Dalian na China, cotado a US$ 110,17/ton. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 1,28%, cotados a US$ 103,80/ton. O mercado à vista recua 0,95%, cotado a US$ 104,40/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, o clima é de tensão após o órgão antitruste da China anunciar que fará uma investigação sobre Apple e as taxas que cobra dos desenvolvedores de aplicativos, segundo a Bloomberg. O serviço postal dos EUA informou que está suspendendo temporariamente a entrada de pacotes vindos da China e Hong Kong.
No setor corporativo, as ações da Alphabet (Google) caem 7% no pré-mercado de NY e desestabilizam o setor de tecnologia, desde as bolsas aos índices futuros, após apresentar seus resultados com uma receita de US$ 96,47 bilhões, abaixo do esperado pelo mercado.
Na agenda de hoje dos EUA, destaque para a divulgação de indicadores importantes, como o relatório ADP de empregos no setor privado, às 10h15 e o PMI de serviços e composto de janeiro dos EUA, às 11h45; além do ISM de janeiro.
Na Zona do Euro, o PMI de serviços caiu para 51,3 em janeiro, de 51,6 em dezembro; enquanto na China, o PMI de serviços Caixin caiu para 51,0 em janeiro, de 52,2 em dezembro.
Cenário nacional
No Brasil, em destaque a divulgação dos números sobre a produção industrial de dezembro, além do PMI de serviços do Brasil, logo mais às 10h.
Na continuação da agenda de resultados corporativos, hoje, estão previstos os resultados do Itaú e LOG Commercial, após o fechamento do mercado.
Entre os compromissos do dia, o presidente Lula concede entrevistas pela manhã para rádios de Minas Gerais e se reúne com bancos públicos e ministros às 10h.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne hoje, às 12h, com o presidente da Câmara, Hugo Motta, e dará entrevista à GloboNews, que vai ao ar às 23h30. Em post no X, Motta defendeu a responsabilidade fiscal.
Destaques no mercado corporativo
- Santander: teve lucro líquido recorrente de R$ 3,85 bilhões no 4º trimestre, com alta de 74,9% ante o mesmo período de 2023.
- Iguatemi: anunciou programa de recompra de até 7,52 milhões de units.
- WEG: fechou acordo para a compra da parcela remanescente das ações da V2COM.
- Wilson Sons: teve alta de 31,3% da movimentação de contêineres em janeiro.
- Caixa: prepara oferta secundária de ações da Caixa Seguridade, segundo a Bloomberg.
- JBS: investirá US$ 200 milhões nas duas maiores fábricas dos EUA, segundo a Dow Jones Newswires.
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