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O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), surpreendeu o mercado nesta quinta-feira (30) ao fechar o pregão em alta de 2,82%, aos 126.912,78 pontos. O índice chegou aos 127.168,83 pontos durante a sessão, atingindo sua máxima intradiária desde 12 de dezembro do ano passado.
O desempenho do Ibovespa foi impulsionado principalmente pelo avanço da Vale, que subiu 4,22% após uma declaração positiva do presidente Lula sobre a reunião com o CEO da companhia, Gustavo Pimenta.
Outros fatores também contribuíram para a alta do Ibovespa, como a decisão do Copom sobre os juros na véspera, a divulgação dos gastos do governo abaixo do esperado e o desempenho dos bancos, que passaram a subir após o governo anunciar a utilização do FGTS como garantia de crédito, o que deve impactar o mercado, e até triplicar o volume atual.
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No mercado internacional, repercute a decisão de Donald Trump sobre a imposição de tarifas de 25% sobre o petróleo do Canadá e do México a partir deste sábado, com impacto imediato nos negócios e no câmbio.
O presidente dos Estados Unidos ainda declarou estar se preparando para aplicar tarifas à China e causa grande repercussão mundial após ameaçar os Brics com tarifa 100% se o bloco insistir em criar uma moeda própria para substituir o dólar no comércio exterior.
No Brasil, destaque para a divulgação de indicadores importantes, como os números fiscais consolidados de 2024 e o superávit do Governo Central acima do esperado, que animou o mercado.
Neste último pregão da semana, os futuros de NY sobem em meio a ameaças tarifárias e lucros da Apple, enquanto a moeda norte-americana abriu em alta de 0,26%, a R$ 5,86 e o dólar futuro recua 0,10%, a R$ 5,87. Os juros futuros abriram perto do ajuste, com viés de alta na ponta longa e o Ibovespa futuro amanheceu estável (-0,01%), aos 127.430 pontos.
Manchetes desta manhã
- Com aumentos de preços, consumo no varejo perde ímpeto ao longo de janeiro (Valor)
- Lula se diz contra novas medidas fiscais, mas elogia BC e descarta intervir nos alimentos (O Globo)
- Governo prepara regras para proteger concessões da valorização do dólar (Folha)
- ‘Se depender de mim, não tem outra medida fiscal’, afirma Lula (Estadão)
- Taxa de desemprego encerra 2024 em 6,6%, a menor da série histórica (Valor)
- Crédito com saque-aniversário do FGTS pode ter prazo máximo para antecipação limitado a 5 anos (O Globo)
Mercado global
As bolsas da Europa atingiram máxima histórica, lideradas por ações de tecnologia e saúde, apesar da cautela antes do prazo final das tarifas dos EUA definido por Trump. O setor de tecnologia foi impulsionado pelo salto de 6,2% da Hexagon, após balanço e de 2,4% da Novartis, com a divulgação das estimativas de lucro acima do esperado.
A decisão do Banco Central Europeu (BCE) de cortar as taxas de juros, conforme esperado, tranquilizou o mercado em meio a preocupações com o crescimento.
Na Ásia, enquanto o feriado do ano novo lunar se estende em algumas praças, a bolsa de Tóquio encerrou o terceiro pregão consecutivo em alta, apoiada por ações de tecnologia, na esteira de Nova York. Já Seul fechou em queda o retorno do feriado, prejudicado pela queda de uma fabricante de chips, ainda em reação ao tema de IA provocado pela DeepSeek.
Em Nova York, o S&P 500 futuro sobe 0,4%, Stoxx Europe avança 0,4% e o Nikkei tem alta de 0,1%.
Confira os principais índices do mercado:
- FTSE 100 +0,2%
- Nikkei 225 +0,1%
- Shanghai SE Comp. -0,1%
- MSCI EM -0,2%
- Dollar Index +0,2%
- Yield 10 anos +1,6bps a 4,5326%
- Petróleo WTI -0,3% a US$ 72,5 barril
- Futuro do minério em Singapura +0,4% a US$ 105,75
- Bitcoin -0,9% a US$ 104142,75
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Commodities
- Petróleo: deve cair semanalmente com a ameaça de tarifas de Trump se aproximando. O Brent para março, que vence hoje, cai 0,20%, a US$ 76,72 e o WTI/março, recua 0,19%, a US$ 72,59. Para a semana, o Brent e o WTI devem registrar quedas de 2% e 2,3%, respectivamente.
- Minério de ferro: Negócios em Dalian seguem fechados em razão do feriado do ano novo lunar. Em Singapura, os contratos futuros estão em queda de 0,44%, cotados a US$ 105,25/ton. O mercado à vista está em alta de 4,08%, cotado a US$ 105,75/ton.
Cenário internacional
Nos EUA, a agenda do dia traz como destaque a divulgação às 10h30 do índice de inflação norte-americano, o PCE, referente a dezembro; além do resultado do índice de custo do emprego do quarto trimestre de 2024.
Nesta sexta-feira devem repercutir os resultados da Apple, Intel e Visa, divulgados após o fechamento. A Apple registrou um lucro líquido de US$ 36,3 bilhões, alta anual de 7% e aumento de 4% daa receita em relação ao mesmo período de 2023, ao atingir US$ 124,3 bilhões.
Na próxima semana será revelado o relatório de emprego (payroll) de janeiro nos EUA, na sexta-feira (07/2); além da continuidade do calendário de balanços corporativos.
Cenário nacional
No Brasil, a agenda iniciou com a divulgação do resultado primário do setor público consolidado de 2024, às 8h30; seguindo com os dados da Pnad Contínua, às 9hs, referente ao quarto trimestre de 2024 e, às 10h15, o resultado de janeiro do Indicador de Incerteza da Economia, pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Entre os últimos compromissos da semana, o presidente Lula tem reunião com o presidente dos Correios, Fabiano Silva dos Santos, às 9h30, em Brasília. Logo mais, às 10h30, ele se reúne com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Na parte da tarde, às 15h, Lula se encontra com o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, iniciou sua agenda com uma reunião às 9h30 com o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), Dyogo Oliveira. E às 15h se reúne com o presidente do Grupo Cosan, Rubens Ometto, possivelmente para falar sobre investimentos no Brasil, segundo o Valor Econômico. Após o fechamento do mercado, o ministro concede entrevista à Rede TV.
Para a semana que vem, destaque para a divulgação da ata do último Copom, na terça-feira (04/2) e para o início da temporada de balanços.
Destaques no mercado corporativo
- Petrobras: aumentará em 8% o preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido às distribuidoras a partir de 1º de fevereiro. Os ajustes do QAV da estatal ocorrem todo começo de mês, conforme previsto em contratos.
- Braskem: descontinuou novos investimentos na Oxygea (startups digitais).
- Totvs: avalia proposta pela Linx após saída da israelense Nayax da disputa.
- Neoenergia: registrou crescimento de 2,1% na energia injetada no 4º trimestre.
- Heringer: nomeou Fausto Goveia como novo CFO e RI.
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