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Em recente anúncio, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou propostas de mudanças expressivas nas condições do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. As modificações sugeridas apontam para uma redução significativa no financiamento de imóveis usados, especialmente destinado às famílias de renda média, situadas na faixa 3, com rendimentos entre R$ 4,4 mil e R$ 8 mil.
O secretário-executivo do Ministério das Cidades, Helder Melillo, indicou que a medida visa adequar o orçamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) à crescente demanda e melhor distribuir os recursos. A decisão se alinha à política de priorizar residências novas, fomentando assim a geração de empregos no setor da construção civil.
Por que limitar o financiamento de imóveis usados no Minha Casa, Minha Vida?
No decorrer do último ano, observou-se um aumento no percentual de recursos do FGTS destinados ao financiamento de imóveis usados, saltando de 12% para 30%. Isso representa que, de um total de 438,3 mil unidades financiadas em 2023, cerca de 119,7 mil eram usadas, o que equivale a 27,3% do total. Os dados refletem uma tendência que preocupa o governo, pela significativa absorção de recursos que poderiam ser dirigidos a imóveis novos.
Quais serão as novas condutas do programa?
A estratégia inclui não apenas a diminuição na porcentagem de financiamento de usados que, no início deste ano, estava em alarmantes 42%, mas também a implementação de uma instrução normativa mais abrangente. Esta mudança pelas mãos do ministério busca equilibrar melhor o orçamento disponível e cumprir com os objetivos de estimulação econômica do programa.
As faixas do minha casa, minha vida
O novo Minha Casa, Minha Vida, lançado em 2023, possui faixas de renda divididas em urbanas e rurais, cada uma com suas próprias regras e benefícios:
Faixas Urbanas:
Faixa 1: Renda bruta familiar mensal de até R$ 2.640,00. Destinada a famílias de baixa renda, oferece subsídios maiores e taxas de juros menores, com o programa podendo custear até 100% do imóvel em alguns casos.
Faixa 2: Renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400,00. Para famílias de renda média, com subsídios e taxas de juros intermediárias.
Faixa 3: Renda bruta familiar mensal de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00. Também voltada para famílias de renda média, porém com subsídios menores e taxas de juros um pouco mais altas que a faixa 2.
Faixas Rurais:
Faixa 1: Renda bruta familiar anual de até R$ 31.680,00.
Faixa 2: Renda bruta familiar anual de R$ 31.680,01 a R$ 52.800,00.
Faixa 3: Renda bruta familiar anual de R$ 52.800,01 a R$ 96.000,00.
As faixas rurais seguem a mesma lógica das faixas urbanas, com subsídios e taxas de juros diferenciadas de acordo com a renda familiar.
Informações importantes:
Valor máximo do imóvel:
Faixas 1 e 2: R$ 264.000,00
Faixa 3: R$ 350.000,00
Subsidio: O valor do subsídio varia de acordo com a faixa de renda e a localização do imóvel.
Taxa de juros: A taxa de juros também varia de acordo com a faixa de renda e pode ser menor para cotistas do FGTS.
Para mais informações sobre as condições de cada faixa e os documentos necessários para participar do programa, consulte o site da Caixa Econômica Federal ou um correspondente autorizado.
O Impacto da Indústria da Construção na Decisão
Durante a última reunião do Conselho Curador do FGTS, representações da Confederação Nacional da Indútria (CNI) e da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sugeriram a necessidade de diretrizes que controlem a expansão de contratações de imóveis usados. Essa medida visa garantir oportunidades equitativas e fomentar mais fortemmente o ramo da construção nova, com seu maior potencial de geração de empregos.
O representante da CNI, Elson Póvoa, enfatizou que a falta de controle nos financiamentos de imóveis usados pode prejudicar critiamente o planejamento financeiro para novas construções, especialmente se aproximando do fim do ano. Em resposta, Melillo destacou que as discussões com a Casa Civil e as instruções normativas que em breve serão implantadas visam agilizar e aperfeiçoar a execução das novas diretrizes.
Reflexo das Novas Políticas no Desenvolvimento Urbano
As mudanças propostas têm o potencial de redirecionar consideravelmente o desenvolvimento urbano brasileiro, com um foco maior em novas construções que não só geram mais empregos, como também revitalizam áreas menos desenvolvidas. Com o olhar atento do governo para a gestão eficiente dos recursos do FGTS, espera-se um impacto positivo tanto na economia quanto na qualidade de vida das famílias brasileiras.
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