Novo golpe na ferramenta mais famosa do Brasil: saiba como proteger seu celular

Via Últimas notícias – Monitor do Mercado

À medida que o Pix é cada vez mais utilizado para pagamentos e transferências de dinheiro, relatos de golpes que tentam prejudicar clientes de bancos têm se tornado mais frequentes. Um deles, que viralizou recentemente nas redes sociais, é o golpe do Pix errado. Esta reportagem foi preparada para você entender como funciona essa artimanha dos criminosos e se proteger dessas tentativas de golpe.

O Pix bateu um recorde de transações na última sexta-feira, segundo o Banco Central (BC). Foram 224 milhões de transferências entre contas bancárias em um único dia. Com um número tão grande de transações, não é difícil crer que algumas possam ser feitas realmente por engano.

Como Funciona o Golpe do Pix Errado?

PIX – Créditos: depositphotos.com / BrendaRochaBlossom

Nesse cenário, golpistas aproveitam para praticar o golpe do Pix errado. Primeiro, os fraudadores fazem uma transferência para a conta da potencial vítima. Como parte das chaves Pix pode ser um número de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e realizar um Pix. Em seguida, a pessoa entra em contato com a potencial vítima usando o número de telefone, seja por ligação ou mensagem de WhatsApp.

Após o contato, o criminoso tenta convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que a pessoa devolva o dinheiro transferido. Por exemplo, um usuário do X (antigo Twitter) relatou que sua mãe teve R$ 600 depositados em sua conta bancária, e o golpista pediu a devolução do valor na tentativa de convencê-la.

Estorno e Consequências

O prejuízo ocorre porque, enquanto o golpista tenta convencer a vítima a devolver o dinheiro, ele também aciona o Mecanismo Especial de Devolução (Med) criado para facilitar devoluções em caso de fraudes. Este mecanismo exclusivo do Pix aumentou as chances de a vítima reaver os recursos. No entanto, os criminosos acionam esse procedimento alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.

Os bancos analisam a transação, mas ao perceberem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa triangulação como típica de um golpe. Isso leva à retirada forçada do dinheiro do saldo da vítima, resultando em um duplo prejuízo.

Como se Proteger dos Golpes do Pix?

Ao identificar que recebeu um Pix por engano, a melhor forma de se proteger é usar a opção “devolver”, disponível no aplicativo do seu banco. Essa ferramenta permite que o valor recebido seja estornado para a conta de origem, desconfigurando uma tentativa de fraude.

O Banco Central orienta que não há normas específicas sobre devoluções em caso de erro, mas o Código Penal trata da apropriação indébita. Assim, o procedimento correto é acessar a transação no seu aplicativo bancário e efetuar a devolução.

O que Esperar do Mecanismo Especial de Devolução 2.0?

Para aprimorar o combate às fraudes, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou melhorias no Mecanismo Especial de Devolução. Atualmente, ele consegue bloquear dinheiro de fraude apenas na conta que recebeu o recurso, mas com o Med 2.0, o rastreio e bloqueio incluirão mais camadas, dificultando a disseminação rápida dos recursos pelos criminosos.

O desenvolvimento do Med 2.0 está planejado para ocorrer até 2025 com implantação prevista para 2026. Isso ampliará a capacidade de rastreamento e bloqueio de valores fruto de fraudes, tornando o sistema mais robusto contra esses golpes.

Mantenha-se informado e sempre verifique suas transações bancárias. Em caso de dúvidas, entre em contato com seu banco para obter orientação específica sobre os procedimentos de segurança contra fraudes.

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