Pacheco: finalizada reforma tributária, discussão sobre gastos públicos dominará o Congresso

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), avaliou que, finalizada a discussão sobre a reforma tributária, os gastos públicos deverão ser um dos principais assuntos abordados no Congresso Nacional. A avaliação foi feita durante entrevista realizada pelos senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), no podcast PODK Liberados, exibido na RedeTV! e no YouTube na noite do domingo, 24.

 

Ele destacou a importância da reforma e a necessidade de que seja implementada, além de enfatizar que o Poder Legislativo pode fazer possíveis mudanças a erros que podem ocorrer, caso seja necessário. “A reforma tributária é unanimidade nacional, todos que estão nos assistindo sabem que o sistema de arrecadação do País é caótico e precisa ser reformado e modificado. Cabe ao Congresso fazer a mudança”, afirmou. “O Congresso estará pronto para corrigir erros, mas não deixaremos de fazer a reforma tributária.”

Passada a discussão da reforma, Pacheco crê que o próximo grande tema a ser debatido pelo Legislativo é a necessidade de um corte nos gastos públicos. “Vamos fazer um grande plano nacional com o mesmo engajamento da reforma, juntar todas as instituições para juntar e qualificar os gastos públicos”, afirmou. “Eu não tenho dúvida de que essa será a grande pauta do Congresso Nacional nos próximos meses, nos próximos anos.”

Sobre uma fala anterior do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, feita também em uma entrevista ao PODK Liberados, de que o ajuste fiscal deveria contar com a participação do Congresso, Pacheco disse não ter problema algum em cortar gastos considerados supérfluos.

“Não tenho problema nenhum em aderir a um programa que seja um projeto nacional de contenção de gastos públicos, diminuindo inclusive os gastos do Congresso Nacional, sem afetar o seu funcionamento”, explicou Pacheco aos senadores. “Cortes de algo que seja em excesso ou que constitua privilégio não há problema nenhum em fazer, desde que isso seja um compromisso de todos.”

Ele disse ainda que “qualquer incentivo fiscal deve ser revisto depois de um tempo aferido, para desenvolvimento da economia e geração de emprego” e que privilégios e benefícios precisam ser combatidos. Como exemplo, citou programas sociais e o Simples, sistema de tributação voltado para micro e pequenas empresas. “Isso é uma renúncia ou uma forma de cobrança mais justa para esses pequenos empreendedores?”, questionou. “Não é o Estado mínimo, não é essa lógica, mas também não é um Estado inchado que gasta mais do que arrecada.”

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