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Neste sábado, o Papa Francisco manifestou a disposição da Igreja Católica em adotar uma data fixa para a celebração da Páscoa, uma vez que o feriado religioso é comemorado em datas distintas a cada ano, conforme o calendário religioso usado.
Atualmente, a Páscoa é uma data móvel, variando entre 22 de março e 25 de abril, dependendo do calendário seguido por cada denominação cristã. A Igreja Católica utiliza o calendário gregoriano, enquanto a Igreja Ortodoxa adota o calendário juliano, resultando em celebrações em datas diferentes.
Como a data da Páscoa é determinada atualmente?
A Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre após o equinócio de primavera no hemisfério norte. Esse cálculo faz com que a data não seja fixa, resultando em variações significativas a cada ano. A complexidade desse método tem gerado debates entre as diferentes denominações sobre a possibilidade de unificação da celebração.
O impacto de uma Páscoa com data fixa atingiria diversas tradições associadas, como o Carnaval, que ocorre 47 dias antes da Páscoa. Atualmente, o Carnaval pode ser celebrado entre 4 de fevereiro e 9 de março. Uma mudança na data da Páscoa necessariamente estabeleceria um período regular também para o Carnaval.
Qual é o significado de uma data fixa para a Páscoa?
Estabelecer uma data fixa para a Páscoa seria um passo significativo para a unidade entre as diferentes igrejas cristãs. Historicamente, a diferença nas datas tem sido um ponto de separação. Em 2025, por exemplo, a Páscoa ocorrerá no mesmo dia tanto para católicos quanto para ortodoxos, o que é uma raridade.
A iniciativa do Papa Francisco dá continuidade a discussões ecumênicas que vêm sendo realizadas há décadas. Em 1964, no Concílio Vaticano II, a Igreja Católica já demonstrava disposição em aderir a uma data comum, caso um consenso fosse alcançado.
Quais são os desafios e benefícios de estabelecer uma data fixa?
Embora a ideia de uma data unificada encontre apoio significativo, também enfrenta desafios. Alguns setores resistem à mudança, seja por razões tradicionais ou pela complexidade logística de alterar o calendário litúrgico e civil. Essas dificuldades foram evidentes em tentativas passadas, como as consultas realizadas pelo Conselho Ecumênico de Igrejas em 1997.
Os benefícios potenciais, no entanto, incluem a promoção de maior unidade entre as igrejas e a facilitação do planejamento de celebrações e festividades que giram em torno da Páscoa. Além disso, a medida poderia trazer maior previsibilidade para o turismo associado a essas datas.
Enfim, a proposta do Papa Francisco para fixar a data da Páscoa é carregada de implicações tanto práticas quanto espirituais, sinalizando um desejo de unidade em meio à diversidade de tradições cristãs ao redor do mundo.
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