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O piloto de Fórmula E, Mitch Evans, argumenta que Sergio Pérez permanece na Red Bull principalmente por ser uma fonte significativa de receita para a equipe. Esse fator financeiro seria um dos principais motivos para o mexicano continuar ao lado de Max Verstappen, segundo Evans.
Em entrevista ao Total Motorsport, o vice-campeão da Fórmula E compartilhou sua perspectiva de que novos talentos têm dificuldades para ingressar na Fórmula 1 devido à falta de patrocínios robustos e pela relutância em aceitar papéis de pilotos reservas. O próprio Evans optou pela Fórmula E aos 22 anos, percebendo que suas chances na F1 eram limitadas.
Sérgio Pérez e seu impacto na Red Bull
Para Mitch Evans, a presença contínua de Sérgio Pérez na Red Bull é um reflexo da importância dos patrocínios atualmente. Ele destaca que embora Pérez não seja um piloto medíocre, ele não está competindo no mesmo nível que Verstappen.
“Veja Sergio Pérez, ele continua trazendo dinheiro para a Red Bull e você não pode competir contra isso. Ele não é um piloto ruim, mas não compete contra ele [Verstappen]. É difícil ir contra um piloto que tem um assento por mérito”, enfatiza Evans.
Por que novos talentos encontram dificuldades na F1?
Evans enfatiza que muitos jovens pilotos acabam optando por outras categorias do automobilismo devido à dificuldade de garantir um lugar na Fórmula 1 sem o suporte financeiro adequado. Ele relata sua própria experiência de ser mais rápido que pilotos oficiais em simuladores, mas ainda assim não conseguir oportunidades reais.
“Era difícil conseguir um teste para assento. Nos simuladores, eu era mais rápido que os pilotos oficiais, mas isso não servia para nada. É preciso acontecer algo muito inesperado, mesmo para ser um piloto reserva, há pessoas que usam o dinheiro, é ridículo”, desabafa.
Como chegar à Fórmula 1 Hoje?
Evans acredita que a rota mais viável para se ingressar na Fórmula 1 hoje em dia é por um trabalho sólido como piloto reserva. Ele cita exemplos de pilotos que se destacaram nessa função e conseguiram uma oportunidade devido a circunstâncias inesperadas.
Oliver Bearman, que substituiu Carlos Sainz durante a etapa de Jeddah em 2024.
Nyck De Vries, que substituiu Alexander Albon no GP da Itália em 2022.
“Olhe para Bearman. Esse cara é bom, mas na semana anterior ele se classificou em 18º no Bahrein e depois ganhou uma chance com a Ferrari [em Jeddah]. Ele fez um trabalho decente em um dos melhores carros do grid e ganhou uma vaga por isso”, explica Evans.
O caso de Nyck De Vries
Outro exemplo mencionado por Evans é o de Nyck De Vries, que obteve uma chance na F1 devido a eventos imprevistos e conseguiu aproveitar a oportunidade. Evans ressalta que, mesmo sendo o mesmo piloto de antes, a chance em Monza mudou a trajetória de De Vries.
“Olhe o Nyck De Vries, não tinha uma chance na F1, mas houve a chance em Monza, quando Albon ficou doente e, de repente, é a melhor coisa que ele fez, mas ele ainda é o mesmo piloto de antes”, explica Evans.
Com todos esses pontos, Evans deixa claro que, embora o talento e a capacidade sejam essenciais, a realidade financeira muitas vezes dita quem consegue entrar e permanecer na Fórmula 1. A palavra-chave, literalmente, é financiamento.
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