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Um estudo recente envolvendo a associação entre eventos climáticos das últimas quatro décadas e a economia global forneceu uma simulação preocupante para os próximos 25 anos. A pesquisa, realizada por especialistas alemães, aponta para uma potencial queda de 19% na renda mundial, caso não sejam tomadas medidas efetivas contra as emissões de dióxido de carbono (CO2).
Essa análise minuciosa avaliou mais de 1600 subdivisões geopolíticas, considerando variações climáticas e econômicas locais. Os resultados obtidos demonstram desafios significativos e disparidades pela frente, especialmente para regiões já comprometidas por rendas mais baixas.
O que a simulação diz sobre a redução de renda no Brasil?
Entre os países mais prejudicados figura o Brasil, com expectativas de queda na renda média em todos os seus 27 estados. As regiões do Norte e Centro-Oeste, lar dos ricos biomas da Amazônia e do Cerrado, podem enfrentar as maiores perdas, ultrapassando os 25%. Esse prognóstico de queda de renda é especialmente preocupante pois amplifica desigualdades preexistentes.
Quais são as possíveis consequências econômicas globais?
Em escala global, o estudo publicado pela revista Nature sugere que o planeta pode perder cerca de US$ 38 trilhões anuais até 2050 se não houver mudança nas atuais políticas de emissão de gases do efeito estufa. Mesmo considerando margens de erro, os danos previstos são alarmantes, chegando a cifras entre US$ 19 trilhões e US$ 59 trilhões.
Como os danos foram calculados pelos cientistas?
Os cálculos incorporam diversas variáveis como a redução da produtividade agrícola, limitações de saúde em trabalhadores e danos a infraestruturas por eventos extremos, como tempestades e enchentes. Curiosamente, as estimativas, se consideradas outras variáveis climáticas além da temperatura, como chuvas e elevação do nível do mar, indicam danos potencialmente 50% maiores.
Impacto menor do investimento em renováveis comparado aos danos econômicos
Embora os custos para transição para energias renováveis pareçam significativos, os especialistas defendem que, comparados aos danos econômicos projetados pela manutenção do status quo, representam um investimento menor e muito mais vantajoso. Essa visão é coadjuvante com o objetivo de evitar incrementos de temperatura segundo as metas mais modestas do Acordo de Paris para o clima.
Redução radical de emissões de CO2 é urgente
Investimento em energias renováveis como solução econômica
Desigualdade econômica se ampliará sem ação efetiva
Segundo Leonie Wenz, vice-chefe do Instituto de Potsdam para Pesquisa em Impacto Climático e uma das líderes do estudo, as perdas econômicas podem subir até 60% até 2100 se não houver redução nas emissões de CO2. O estudo não apenas ressalva a urgência de adaptações para os próximos anos como destaca a economia que tais medidas podem representar frente aos prejuízos a longo prazo.
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