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O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial brasileiro caiu para 50,4 pontos em agosto, após registrar 54 pontos no mês anterior. Essa foi a primeira queda de desempenho registrada neste ano, apontando uma desaceleração no crescimento do setor, conforme indica o relatório da S&P Global, divulgado nesta segunda-feira (02).
Apesar da queda ante o mês anterior, o índice se manteve acima da linha divisória, sugerindo que o setor ainda está em crescimento, mas a um ritmo mais lento.
O PMI mede a atividade do setor industrial e tem como referência que valores acima de 50 pontos indicam expansão do setor, enquanto abaixo de 50 aponta contração.
Pressões sobre custos e impacto nos negócios
De acordo com a S&P Global, o número de novos negócios atingiu o menor nível do ano em agosto. Além disso, os preços de compra sofreram o maior aumento em quase dois anos e meio, impactando a capacidade das empresas de fecharem novos contratos. A redução na produção foi impactada, principalmente, devido à redução das vendas e ao aumento das pressões sobre os custos.
Como consequência do movimento de queda, as empresas optaram pela utilização dos estoques de segurança, o que resultou em um ligeiro aumento nos níveis de compras.
Segundo Pollyanna de Lima, diretora associada de economia da S&P Global, “o setor industrial brasileiro sofreu uma perda de impulso em agosto, com o aumento das pressões sobre os custos prejudicando a capacidade das empresas de fechar novos negócios. Os fabricantes até mesmo tomaram a iniciativa de reduzir a produção e diminuir o ritmo de contratação na tentativa de conter custos”.
Outro fator apontado pelas empresas como causa da queda de novos contratos foi o custo elevado dos fretes, que encorajou alguns clientes a substituir produtos importados por nacionais. Ainda assim, considera-se que o aumento geral foi restringido pela queda na demanda por diversos produtos.
Expectativas para o setor
As empresas esperam que uma eventual melhoria na taxa de câmbio do real alivie as pressões sobre os custos, o que poderia revitalizar o crescimento nos próximos meses. No entanto, o cenário atual exige cautela dos investidores, especialmente em setores mais sensíveis às variações cambiais e ao aumento dos custos de produção.
*Com informações da agência de notícias CMA
Imagem: Piqsels
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