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Entenda tudo o que vai movimentar o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta terça-feira (24), com o podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
A Bolsa de Valores brasileira (B3) iniciou a semana com mais uma queda, marcando o quinto pregão consecutivo em baixa. O movimento foi impulsionado pela preocupação crescente com o déficit fiscal, após a divulgação do relatório de receitas e despesas do governo, que revelou um déficit de R$ 30 bilhões.
Esse resultado gerou incertezas no mercado, especialmente em relação à meta do governo de alcançar um déficit zero, que parece cada vez mais distante.
Impacto no mercado
A percepção de risco fiscal elevou as taxas de juros e pressionou o dólar para cima. A falta de clareza sobre como o governo pretende reverter o déficit fiscal tem sido um fator de preocupação para investidores, que observam o comportamento da bolsa com cautela.
Na tarde de ontem, no entanto, uma notícia trouxe alívio temporário. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que está em diálogo com agências de classificação de risco para tentar recuperar o grau de investimento perdido pelo Brasil há alguns anos.
A possibilidade de o país voltar a ter um selo de confiança internacional seria um incentivo positivo para investidores, embora o caminho para isso envolva reformas fiscais e uma sinalização clara de austeridade.
Expectativas para juros e inflação
Outro ponto de atenção do mercado é a divulgação do Boletim Focus, que trouxe revisões das projeções de inflação e juros para os próximos meses. A perspectiva de uma inflação mais alta e juros mais elevados gerou novas preocupações.
O cenário de juros em alta afeta o custo do crédito, impactando negativamente empresas e consumidores, além de influenciar a rentabilidade de investimentos.
Hoje, a atenção do mercado estará voltada para a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada.
Durante essa reunião, o Banco Central optou por aumentar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, mas muitos analistas já cogitam a possibilidade de um aumento de até 0,50 ponto percentual na próxima reunião. O tom da ata será fundamental para guiar as expectativas do mercado em relação à política monetária no curto prazo.
Pacote econômico da China
No cenário internacional, investidores também estão atentos às ações da China, que anunciou um pacote econômico para impulsionar o crescimento do país, com a meta de alcançar 5% ao ano.
O anúncio de estímulos, como a redução da necessidade de reservas bancárias, foi bem recebido pelos mercados globais e influenciou uma alta de 3% no preço do petróleo, um reflexo positivo para empresas ligadas ao setor de commodities.
Expectativas para os próximos dias
Além da ata do Copom, o mercado deve acompanhar os dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos e os discursos de líderes globais, incluindo o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Assembleia Geral da ONU. Os investidores esperam que alguma sinalização positiva possa reverter a sequência de quedas observadas recentemente na bolsa.
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