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Entenda tudo o que vai movimentar o mercado financeiro e o mundo dos investimentos nesta Superquarta (18), com o podcast Café do Mercado, uma produção do Monitor do Mercado.
O episódio de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. Basta clicar na sua plataforma preferida para ouvir: Spotify; Deezer; Amazon Music; Podcasters. Ou ouvir clicando abaixo:
O mercado financeiro global inicia o dia em compasso de espera, com foco nas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. A expectativa é de que o Federal Reserve (Fed) anuncie hoje o início de um ciclo de corte de juros, enquanto o Banco Central brasileiro deve elevar a Selic.
Decisão do Fed pode iniciar ciclo de queda de juros
Nos Estados Unidos, o Fed deve anunciar o primeiro corte de juros desde o início do ciclo de aperto monetário, que começou em 2022 para combater a inflação.
O consenso do mercado aponta para um corte de 0,25 ponto percentual (p.p.), mas há uma chance considerável, de 65%, de um corte mais agressivo, de 0,50 p.p., segundo a ferramenta CME Group.
Se confirmada, a redução dos juros nos EUA pode pressionar ainda mais o dólar no mercado global, favorecendo moedas emergentes, como o real.
Um corte de 0,50 p.p. teria um impacto significativo nas expectativas futuras, abrindo caminho para um ciclo de queda acumulada de até 125 pontos-base ao longo dos próximos meses.
Selic deve subir no Brasil
Enquanto nos EUA o cenário é de alívio, no Brasil, o Banco Central deve elevar a taxa Selic em 0,25 p.p., segundo a maioria dos analistas e traders.
A alta, que levaria a Selic para 10,75% ao ano, surpreende em um contexto em que, no início de 2024, poucos previam um novo ciclo de alta de juros no país.
A medida vem como resposta ao aumento das pressões inflacionárias e à persistente seca que afeta os preços dos alimentos.
Apesar de a maioria dos investidores apostar em uma alta de 0,25 p.p., ainda há uma chance de 20% de o Copom optar por um aumento maior, de 0,50 p.p. Esse cenário pode elevar a volatilidade no mercado de juros futuros e impactar o desempenho da B3 no pregão de amanhã.
Dólar recua e mercado aguarda volatilidade
O dólar fechou o último pregão em queda, cotado a R$ 5,49, impulsionado pela expectativa de alta de juros no Brasil e corte nos Estados Unidos. Quando os juros sobem em um país, ele se torna mais atraente para investidores, elevando a demanda por sua moeda.
Com as decisões do Copom e do Fed marcadas para o final da tarde, o mercado deve operar em baixa volatilidade até a confirmação dos novos níveis de juros. Após os anúncios, a expectativa é de aumento significativo na volatilidade, tanto no mercado de câmbio quanto na bolsa de valores.
Ações de destaque
Entre as ações, o grande destaque do pregão anterior foi a Azul, que subiu 13% em um dia, após rumores de que o governo federal pode anunciar um pacote de ajuda para o setor aéreo, que enfrenta dificuldades financeiras. A expectativa de um socorro governamental trouxe otimismo aos investidores da companhia.
O Ibovespa, por sua vez, fechou em leve queda de 0,12%, em 134.960 pontos, refletindo o clima de espera pelas decisões monetárias.
Expectativa para o pregão de hoje
Os mercados internacionais também operam em leve alta, com os futuros das bolsas norte-americanas subindo entre 0,1% e 0,2%. O petróleo, por sua vez, recuava 1,4%, cotado a US$ 70,20 o barril.
Até o anúncio oficial do Fed, previsto para as 15h, o mercado global deve continuar em compasso de espera, com a volatilidade aumentando à medida que as decisões forem divulgadas.
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